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G20: O que muda na Glória e nos arredores do MAM

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Pela primeira vez o Brasil receberá o G20 (abreviação para Grupo dos Vinte), evento anual que reúne as principais economias mundiais, mais a União Europeia e a União Africana. De quinta-feira (14/11) a terça (19/11), a cidade do Rio de Janeiro sediará a Cúpula dos Líderes do G20 (dias 18 e 19) e a Cúpula do G20 Social (entre os dias 14 e 16).

O evento foi criado no fim da década de 90, depois da crise financeira asiática ter abalado o mundo, para debater assuntos que fortalecem o desenvolvimento socioeconômico internacional. Porém, só em 2008, após nova crise econômica, que o encontro entre os líderes tornou-se periódico. 

A presidência do Grupo e a sede das reuniões mudam todo ano, e o Brasil foi escolhido para organizar as cerimônias de 2024 e determinar os três principais tópicos de discussão: 1) combate à fome, desigualdade e pobreza; 2) reforma das governanças globais; 3) enfrentamento às mudanças do clima e desenvolvimento sustentável.

O conselheiro diplomático francês, Emmanuel Bonne, comentou: “Esse é um dos eventos mais importantes do mundo na atualidade, principalmente porque estamos em um momento internacional muito volátil. Por isso é necessário chegarmos em concordância para resolver questões que interessam tanto países do Norte quanto do Sul”. Além disso, comentou que o Brasil tem uma posição importante na diplomacia internacional, que será crucial nas reuniões.

Foto: Yan Fernandes

Emmanuel Bonne, Diplomata francês, em entrevista ao Portal da ESPM-Rio no Aterro do Flamengo.

No início da gestão brasileira, o país definiu que é necessário que a sociedade civil seja escutada na formulação de políticas públicas. Dessa forma, o Presidente Lula anunciou o G20 Social, fenômeno inédito na história. Seu objetivo, ao longo do ano, foi de ampliar o envolvimento de indivíduos não-governamentais nas atividades dos grupos de engajamento e fortalecer eventos de movimentos sociais independentes para que propostas efetivas possam chegar aos processos de decisão do G20.

Assim, a Cúpula do G20 Social apresentará os resultados dos debates realizados durante o ano entre representantes da sociedade civil, governos e organizações internacionais sobre desafios sociais globais. Os principais painéis e as mais de 270 atividades autogestionadas, como plenárias, debates e conferências, acontecerão, das 9h às 18h, na Zona Portuária do Rio – Museu do Amanhã, Espaço Kobra, Armazém 2, Armazém 3 e Armazém Utopia. 

Portanto, os conteúdos gerados através dessa troca de experiências ajudarão a compor os documentos finais entregues aos chefes de Estado ao final do evento. É importante ressaltar que o G20 não aprova leis, ou impõe obrigações, mas seus membros traçam metas e firmam compromissos políticos e sociais para o futuro do planeta.

A Glória e o Aterro do Flamengo serão as áreas com mais alterações de infraestrutura, isso se deve ao fato que a Cúpula dos Líderes acontecerá no Museu de Arte Moderna. A via do Aterro será fechada completamente sexta-feira (15) das 7h às 12h, e do dia 17 ao 19, apenas será permitida a passagem de carros oficiais do evento. O Aeroporto Santos Dumont ficará sem atividades na segunda e na terça (18 e 19).

Joyce Cabral, moradora da Glória, comentou que sentiu muitas diferenças de infraestrutura no treinamento para a operação que ocorreu no primeiro semestre deste ano. Afirmou também que hoje já houve uma presença mais ostensiva de policiamento, inclusive com a realização de um circuito da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Rua do Catete no dia de hoje (14). 

Foto: Alexandre Hid

Joyce Cabral e seus dois cachorros durante caminhada rotineira no Aterro do Flamengo.

O Metrô Rio também contará com mudanças no horário de funcionamento: 

  • Sexta-feira (15/11): 7h às 23h.
  • Sábado (16/11): 5h à meia-noite
  • Domingo (17/11): 7h às 23h
  • Segunda e terça-feira (18 e 19/11): 5h à meia-noite
  • Quarta-feira (20/11): 7h às 23h.

A partir de hoje (14), as forças armadas passam a operar no Rio de Janeiro sob o regime da Garantia de Lei e Ordem (GLO). O regime permite que os militares tenham autonomia para intervir tal qual agentes policiais em casos de “perturbação da ordem”. Os perímetros da Marina da Glória, do Museu de Arte Moderna e do Monumento a Estácio de Sá estão entre as áreas de ação da GLO. Já estão presentes na região o Exército e Marinha, além da Polícia Militar e da Guarda Municipal.

Foto: Yan Fernandes

Fotos: Alexandre Hid

 

Foto de Capa: Alexandre Hid;

Reportagem: Alexandre Hid, Maria Vitoria Hucs e Yan Fernandes;

Edição: Luca Alexandre e Pedro Henrique Mello;

Supervisão: Ana Lucia Araújo

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