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ESPM leva estudantes do Programa Jovem Inusitado ao musical que revive a história de Assis Chateaubriand

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No último sábado (12), o Programa Jovem Inusitado, da ESPM, levou mais uma turma de estudantes ao teatro. Desta vez, para prestigiar o musical “Chatô e os Diários Associados – 100 Anos de uma Paixão” no Teatro João Caetano, no Centro.

Este é um dos programas sociais da ESPM, realizado em parceria com a Secretaria de Estado de Educação do Governo do Rio de Janeiro, que tem o objetivo de fortalecer a aprendizagem dos estudantes do Ensino Médio da rede pública de ensino do Estado do Rio, além de outros municípios como Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Belford Roxo, Queimados e Niterói. Durante quatro meses, os estudantes têm encontros todos os sábados, das 8 às 17 horas, no campus da Villa Aymoré. O projeto oferece aulas de matemática, língua portuguesa, redação, projeto de vida (com foco em carreira), tecnologia e vivências Enem, segundo Marcus Tavares, que é coordenador do projeto.

Plateia aplaude musical de Chatô no teatro João Caetano. /Foto: Laura Araújo

Na última saída, os estudantes puderam conhecer parte da história da imprensa no Brasil com um espetáculo que transita entre passado e presente para narrar a trajetória de Assis Chateaubriand e seu impacto na comunicação brasileira. No palco, vemos Fabiano, um jornalista desempregado que, ao encontrar a estátua de Chatô em Recife, é levado por ele a revisitar momentos icônicos da mídia nacional, como a criação de O Cruzeiro e a inauguração da TV Tupi, a primeira emissora de televisão do Brasil. A trama mistura história, romance e música para destacar o legado cultural do comunicador, trazendo à cena figuras memoráveis como Carmen Miranda e Dorival Caymmi. 

Valéria Macedo, diretora de produção da peça, ressalta a importância do teatro como uma ferramenta essencial na formação cultural dos jovens: “Arte, hoje em dia, pros jovens é uma coisa rara. O teatro não tem espaço porque não faz mais parte da realidade deles. Quando eu era jovem, era onde a gente mais ia. Hoje, o streaming tomou esse papel.”

Uma das estudantes do programa, Rayane Gonçalves, de 18 anos, compartilha sua experiência com a peça: “Uma das coisas que me emocionou foi reconhecer que essa peça foi protagonizada inteiramente por pessoas brasileiras. Então faz parte da minha cultura. Talvez seja uma cultura que eu não tenho costume de consumir mas que agora eu tô com essa vontade de conhecer mais, de frequentar esses espaços que eu não frequentava antes.” A jovem conclui dizendo que esta foi sua segunda vez indo ao teatro, a primeira também foi proporcionada pela escola.

Estudantes na entrada do teatro João Caetano. /Foto: Laura Araújo

A professora de Língua Portuguesa do Jovem Inusitado, Rebecca Liechocki, reforça o valor de atividades como essa para o desenvolvimento dos alunos, destacando o impacto positivo que essas experiências têm no processo de aprendizagem e ampliação de repertório dos adolescentes: “Eu sempre gostei de me envolver nesse contexto de jovens que estão em situação de vulnerabilidade e fazer o real incentivo pra eles saírem da bolha.” Liechocki comenta sobre a influência do programa na autonomia dos estudantes e na criação de uma autoimagem positiva entre eles. “ Na disciplina de comunicação, a gente trabalha muito a importância de se fazer existir através da linguagem, de aprender a criticar o mundo ao nosso redor e entender o lugar que a gente ocupa.”, avalia a professora.

 

Reportagem: Laura Araújo

Supervisão: Luana Bentes

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