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Crítica: Doutor Estranho

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doutor estranho

Benedict Cumberbatch é o Doutor Estranho em novo filme da Marvel/ Divulgação

A Marvel continua investindo forte na expansão de seu universo cinematográfico e traz, agora, mais um super-herói: o Doutor Estranho. Pelas particularidades do personagem – que não é um guerreiro propriamente dito, mas um mago –, o novo filme estreia no próximo dia 3 com uma pegada diferente dos anteriores.

 

O herói faz parte de uma sociedade responsável por proteger o mundo de ameaças místicas, como feitiços e inimigos de outras dimensões. Por isso, seu desenrolar não é recheado de lutas físicas como os filmes dos Vingadores, tão explorados até aqui. O obstáculo, entretanto, é muito bem contornado pelos roteiristas C. Robert Cargill e Scott Derrickson, que envolvem o espectador do início ao fim.

 

Talvez não seja o filme preferido de quem quer ver as lutas acima de qualquer coisa, mas é obrigatório para os fãs que querem um bom roteiro. A intensidade das cenas de ação acaba substituída pelo dinamismo das mudanças de dimensões e reviravoltas sem deixar lacunas, mas traz consigo também uma certa complexidade. Assim, não abrange tanto o público infantil e busca uma certa maturidade, distanciando-se, por exemplo, de Deadpool. A diferença também se vê nas cenas de humor: sutis, mas capazes de arrancar boas risadas.

 

“Doutor Estranho” também faz bonito na parte técnica. Os efeitos especiais são bem explorados e cumprem com sucesso o desafio de ambientar as dimensões alternativas e todas as reviravoltas que acontecem em seus cenários. Como complemento, a configuração do áudio nas salas de cinema, aliada ao recurso do 3-D, traz o espectador, literalmente, para dentro da cena em determinados momentos.

 

Efeitos especiais são bastante explorados em Doutor Estranho / Foto: Reprodução

Efeitos especiais são bastante explorados em Doutor Estranho (Foto: Reprodução/Trailer Oficial)

No que parece ser uma tendência da Marvel para diversificar o seu universo de personagens, alguns sofreram adaptações dos quadrinhos, como o mentor do Doutor Estranho, o Ancião (The Ancient One), que agora é Anciã. Além dela, o protagonista, bem retratado por Benedict Cumberbatch, conta com a ajuda de um negro e um oriental. Contudo eles ainda ficam bastante em segundo plano. Há ainda outra ressalva, mas seria complicado registrá-la aqui sem dar spoilers sobre o filme.

 

De uma forma geral, “Doutor Estranho” agrada bastante e pode ser considerado o melhor filme da Marvel até agora. Roteiro, montagem e a direção de Scott Derrickson formaram um trio poderoso para garantir o seu sucesso. Resta saber somente se a mudança na pegada vai ser capaz de agradar aos fãs mais conservadores. Assista ao trailer aqui.

 

Nota: 9/10

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