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ESPM Social realiza campanha de arrecadação de livros e alimentos

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A desigualdade entre diferentes classes da sociedade abrange diversos países pelo mundo. Infelizmente, o Brasil se encontra nesta realidade. Em 2019, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o país é o nono mais desigual do mundo. A má distribuição de renda e a falta de investimento nas áreas socioculturais agravam cada vez mais a desigualdade. Essa grande diferença formada entre as classes sociais promove inúmeros problemas para o Brasil, impactando em questões como a fome, a criminalidade, a economia e no acesso à leitura.

Segundo uma pesquisa divulgada em 2020 no livro Retratos da Leitura no Brasil, houve um aumento do preço de livros no país. Por esse motivo, muitas pessoas disseram não ter lido recentemente pela falta de acesso ao material. A pesquisa também afirma que o Brasil perdeu 4.6 milhões de leitores entre 2015 e 2019. Além disso, muitos atribuem isso à falta de bibliotecas próximas. Esses fatores fazem parte de todo um conjunto de reflexos formados pela desigualdade social no país. 

Para o sociólogo Samuel Chame, a pandemia agravou ainda mais as desigualdades já existentes, além de influenciar na economia e no aumento do desemprego, que impactam diretamente as  camadas mais baixas. Estas, por sua vez, optam por gastar dinheiro com itens de necessidade básica em detrimento dos livros. Para Samuel, a relação da desigualdade com a pandemia é muito clara, “A pandemia afeta drasticamente as pessoas que utilizam os serviços públicos e isso acontece de maneira mais óbvia nas camadas mais baixas, economicamente falando”.

Em vista disso, a ESPM Social está promovendo uma campanha com a meta de estruturar ações de apoio ao espaço cultural em construção, incluindo uma biblioteca, da Associação dos Catadores do Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho (ACAMJG). Segundo a coordenadora do núcleo, Luciana Cruz, “o local é precário e precisa fomentar a cultura e o conhecimento”. 

O projeto visa apoiar instituições de base comunitária, que precisam de suporte. “A ideia é utilizar a biblioteca como mecanismo para eles poderem estudar e buscar informação”, diz Tião Santos, presidente da ACAMJG. Para ele, é possível promover mudança e mobilidade social por meio do conhecimento, e não é viável transformar o país se não for pela educação. 

A Campanha vai até o dia 30 de julho e ações serão promovidas com cestas básicas em breve. Para saber mais acesse o link:

https://acadespm-my.sharepoint.com/:w:/g/personal/lucianacruz_espm_br/EcRW0NQ_CZpDrwcNf0EisPcBWxGeQTCiEiuOZ4qVekuE6A?rtime=nZ_A8O4L2Ug

 

Reportagem: Deborah Lopes, Eloah Almeida e Gustavo Vieira.

Supervisão: Camila Hucs e Letícia De Lucas.

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