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Y20 defende a participação dos jovens em temas da governança global

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No segundo dia do G20 Social (15), aconteceu a mesa “Youth20: As juventudes Globais Liderando a Construção de um Mundo Justo e um Planeta Sustentável”. O encontro possibilitou trocas entre jovens em temas importantes de caráter político, social e ambiental. O Y20 (juventude 20 em português) é formado por pessoas entre 18 e 30 anos e tem o objetivo de inserir os jovens em debates internacionais, estabelecendo temas urgentes da conjuntura mundial, entre aqueles que são considerados os futuros líderes globais. 

Ingrid Siss, co-chair no Y20 Brasil, destacou que um dos principais temas de debate deste ano, estabelecido pelo Brasil no G20, é a tributação dos mais ricos, isto é, um imposto mínimo de 2% sobre a renda dos bilionários. “Dentro desse ano, acho que um marco muito importante do nosso Communiqué, dentre todas as propostas que foram elaboradas, é o entendimento de que a gente precisa repensar as taxas fiscais e  repensar como a gente faz a utilização dessas taxas também”, disse Ingrid.

A co-chair ainda apresentou a pauta prioritária do Y20: a criação de um fundo para a juventude que seja realmente de utilidade para os jovens. “Queremos um fundo internacional para a juventude que possa ser utilizado pensando na equidade, na diversidade e na inclusão. Pensando no favorecimento da inclusão dos jovens dentro das profissões que são ligadas à matemática, engenharia e tecnologia”, afirmou. 

Durante a mesa, Bruna Brelaz, presidente do Conselho Nacional de Juventude, ressaltou a importância da mobilização e participação dos jovens no futuro do país. “Eu acredito que a gente conseguiu extrair uma certa popularização do Y20. Fazer com que os jovens brasileiros reflitam como essas agendas internacionais confluem com as nossas vidas, tanto no sentido do debate do mundo quanto no combate à fome, acesso a emprego, oportunidades”, completa Bruna. 

Para Caroline Gaia, secretária de desenvolvimento de metodologia da Y20, a fome é um dos principais desafios globais. Ela também aponta a necessidade da participação social dos jovens em processos de diálogo e na construção de políticas públicas. “A gente quer falar do Brasil, então o que estiver escrito sobre o Brasil precisa ter a voz e a cara do nosso povo”, disse Gaia. De acordo com a secretária, “o Brasil não quer mais ser o país do futuro, a gente quer ser o país do agora”, concluiu.

Abigail, educadora social, elogiou a pluralidade da mesa e as oportunidades geradas pelo Y20 para promover interações. “Estar nesse espaço, construir esses diálogos, ter essas trocas, enriquece muito o nosso repertório e fortalece não só as relações coletivas, mas também a nossa identidade”. Abigail concluiu celebrando a construção de um espaço para discutir as próprias demandas, bem como outras questões fundamentais para a juventude, como, por exemplo, questões de gênero. 

No ano de 2024, assim como o G20, é a primeira vez em que o Brasil lidera o Y20.   

Matéria produzida pela equipe do Portal de Jornalismo ESPM-Rio, em uma parceria de conteúdos da Comunicação do G20 Brasil

Reportagem: Julia Guimarães
Foto: Julia Guimarães
Edição: Glaucia Marinho

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