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Argélia

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O novo coronavírus chegou ao continente africano, e o país com o maior número de mortes é a Argélia. Com 728 casos e 58 mortes confirmadas, ainda não se sabe do impacto total do vírus no país. A cidade de Blida, a sudoeste da capital Argel, é uma das mais afetadas, onde dezessete membros da mesma família foram infectados. A cidade é a única região da Argélia que está realmente de quarentena. 

Para entender a situação do país com uma visão de um cidadão local, entrevistamos Amine Drizi, de 29 anos, residente da cidade de Argel.


 Portal: A Argélia está de quarentena?

Amine: Por enquanto apenas a cidade de Blida foi afetada.

 

Portal: Como está a situação aí na Argélia?

Amine: Está muito ruim, somos o primeiro país africano com mais mortos. 

 

Portal: Quando vocês perceberam que iria piorar? 

Amine: A gente ainda não tem muita noção de como realmente está.

 

Portal: Como está a infraestrutura do país para tratar os doentes do vírus? 

Amine: Está muito difícil, tem muitos médicos que tem medo de receber os doentes.

 

Portal: Está fazendo alguma coisa para se proteger do vírus?

Amine: Estou trabalhando apenas três vezes na semana em casa e duas vezes no trabalho, mas trabalho sozinho e procuro não ter contato com outras pessoas. Quando encontro meu melhor amigo ficamos a uma distância de dois metros. Além disso, sempre lavo as mãos e prático outros métodos de higiene.

 

Portal: Você está passando por isso sozinho em casa?

Amine: Infelizmente aqui na Argélia não moramos muito sozinhos, moro com 4 pessoas e comemos juntos e fazemos muitas coisas juntos. Não acho que é possível estar sozinho aqui.

 

Portal: Além do trabalho, está fazendo o que para se distrair nessa época?

Amine: Estou aprendendo novas línguas e organizo com meus amigos chamadas de vídeo pelo Skype.

 

Reportagem: Anna Miranda, Carol Mie, João Medina e Felipe Rinaldi

Supervisão: Mariana Colpas e Patrick Garrido

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