CARREGANDO

O que você procura

Geral

Produção musical: jovens que batalham pelo sucesso

Compartilhar

Avanços tecnológicos, crescimento de aplicativos de streaming e  produções independentes são, segundo Lucas Meucci, algumas das principais razões para a valorização de ritmos como o funk e o rap. O produtor musical de 21 anos explica que grandes gravadoras estão passando a dar atenção para as produções que fazem sucesso nas redes sociais. “Quando lançamos uma música em janeiro não esperávamos que fosse fazer tanto sucesso. Agora, depois de 4 milhões de visualizações, estamos recebendo várias oportunidades”, comenta ele em relação à música “Idas e Vindas”, sucesso da produtora da qual faz parte, a MTK.

 

Meucci conta que o projeto nasceu de um grupo de Whatsapp junto com Agatha Mandarino e Vinicius Dantas. “A gente planejava criar uma produtora, mas de início a ideia não era para fazer nossos próprios clipes. Isso nasceu depois quando a gente conversou e pensou: por que não?”. Criada em dezembro de 2018, a MTK já possui contrato com a Sony Music e mais de 100 mil inscritos em seu canal do Youtube.

O estudante de cinema Mateus Rocha afirma que atualmente se inserir no mercado audiovisual é mais fácil,  pois antes as gravações tinham que ser feitas com equipamento especializado e os artistas ainda precisavam tentar ser aceitos por alguma gravadora para ter seus produtos veiculados. “Hoje, com o celular, é possível gravar sua música e colocar no Youtube, por exemplo. Assim você também pode conseguir atingir um bom público”.

A relação de Mateus com a música começou com seu pai, quando ainda era criança. Mas, apesar de gostar muito, o estudante nunca pensou em fazer faculdade de música. Ele prefere tocar apenas em situações mais descontraídas, por ver sua relação com a música como algo mais pessoal.

 

Mateus Rocha após apresentação na Semana de Talentos// Foto: Bárbara Beatriz

Quando a dupla Bruno & Juan se separou, Bruno Pita decidiu seguir carreira solo. O cantor de 21 anos posta suas músicas em plataformas streaming e, assim como Matheus, a música sempre foi presente na vida dele. “Desde de pequeno tive curiosidade para entender as letras e o que as pessoas estavam transmitindo. Depois disso eu comecei a cantar e ouvir que tinha talento e, com isso, fui perdendo a vergonha e comecei a expor mais.”, conta.

Bruno falou também sobre os desafios que enfrenta e, principalmente pelas críticas que o desanimaram, “é muito ruim você ouvir um não. Pensei em desistir, achava que eu não era bom o suficiente.” O cantor, hoje, possui um perfil no Spotify e no Apple Music, através do RPM,  uma plataforma interativa que possui cadastro gratuito, em que o próprio artista dispõe suas músicas e a capa do albúm.

O interesse de Camilla Monteiro pela música foi motivado pelos pais e irmão. Sua família é do ramo musical e após aprender a tocar violão, passou a sentir a vontade de seguir nessa vontade. Ela compõe as próprias músicas, geralmente sobre o que está sentindo ou histórias que ouviu de pessoas próximas.

 

Com perfil na plataforma de streaming, Spotify, buscando alcançar mais pessoas, ela comenta sobre a dificuldade de produzir as próprias músicas. “O maior desafio que eu e qualquer artista novo enfrenta, é conquistar as pessoas, fazer com que elas se interessarem de fato pelo meu trabalho.”, conclui.

Reportagem: Bárbara Beatriz Camello, Diana Campos e Yuri Murta.

Vídeo: Yuri Murta.

Texto: Bárbara Canela, Giovanna Villas Bôas e Bruna Lima.