CARREGANDO

O que você procura

Geral

O cenário para branded content, o conteúdo de marca

Compartilhar

Com o boom das redes sociais na última década, há um debate em relação aos novos conceitos de branded content. O branded content, aos poucos, está substituindo a publicidade convencional, em que pretendia-se somente vender um produto ou uma experiência ao cliente . No  conteúdo de marca, tradução em português, espera-se que o produto esteja inserido em um contexto interessante de consumo para o usuário. Por exemplo, uma loja de produtos naturais pode produzir conteúdo sobre vida saudável e inserir seus produtos nele. Para discutir o tema, os jornalistas Gilberto Scofield, com vasta experiência em redações e assessorias de imprensa, e Luiz Noronha, com trajetória no jornalismo e cinema e sócio da Ponte Filmes, que produz filmes para marcas da Approach, serão os convidados da 4ªSemana de Jornalismo da ESPM, no dia 8 de novembro , de 9h às 11h, no auditório da faculdade (Rua do Rosário, 90).

Um dos preceitos básicos do tema é a relevância do conteúdo e integração com a marca e/ou produto. “Quanto mais interessante for o conteúdo e quanto mais orgânica for a inserção da marca ou do produto, maior e mais eficiente será o entendimento da mensagem pelo público-alvo”, afirma Noronha. Formado em jornalismo pela UFRJ, ele foi editor-executivo do jornal O Globo de 1991 a 2000 e sócio e diretor-executivo da produtora Conspiração Filmes de 2000 a 2013. Entre 2013 e 2015, trabalhou como produtor executivo na produtora carioca Zola, de onde saiu no fim de 2015 para abrir A Fábrica, com os sócios Samanta Moraes, Renato Fagundes e Cecília Grosso.

Assinou a produção executiva de diversos longas-metragens e séries de TV. Na Conspiração, produziu cerca de 200 filmes publicitários para marcas nacionais e internacionais. Em TV, fez a produção executiva da série “Mandrake”, da HBO, duas vezes finalista do International Emmy Awards.  Em 2012, produziu a série “A Mulher Invisível”, realizada em parceria com a TV Globo, vencedora do Emmy Internacional para Melhor Comédia. Desde 2013, produz a serie “Vai Que Cola”, recorde de audiência na TV paga brasileira.

Gilberto Scofield e Luiz Noronha: debate sobre Branded Contet / Foto: Acervo Pessoal.

Como roteirista, assina “Vai Que Cola – o filme” (2015), a série “Magnífica 70” (2015) e o longa “Sob Pressão” (2016). Publicou três livros: “O teatro da madrugada”, “A construção do espetáculo” e “Notícias de um submundo distante”. No cinema, produziu ainda filmes como “Marcha da Vida” e “Eu e meu guarda-chuva”, prêmio de melhor longa-metragem infantil no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2011.

Luiz explica o boom das redes socias e seus impactos na produção de conteúdo de marca, branded content. “Os canais proprietários de marcas em redes sociais são como canais de TV particulares. Em tese, eles deveriam alavancar um boom da produção de conteúdo de marca. O que ainda represa isso no Brasil, além obviamente da crise econômica, são os modelos de relacionamento entre os clientes e suas agências de comunicação”, afirma.

Para Scofield, os projetos de branded content foram atingidos pela crise de uma maneira geral, mas ele aposta na força da nova maneira de se fazer publicidade. O jornalista sustenta que o cenário começou a mudar e que novos projetos,  anteriormente engavetados, começam a retornar aos poucos.

Gilberto foi diretor da Máquina Cohn & Wolfe, do grupo WPP, e atuou como consultor de comunicação da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, em Brasília. Foi editor do jornal O Globo e repórter especial da sucursal de São Paulo, após ter passado cinco anos como correspondente estrangeiro em Pequim, na China, e dois anos como correspondente em Washington, nos EUA, retornando ao Brasil em 2010. Colaborou para a GloboNews, foi comentarista da rádio CBN e autor do livro “Um brasileiro na China”, publicado em 2006. Ao longo de sua carreira, escreveu para o “Jornal do Comercio” , revista “Exame”, “Jornal do Brasil”, “O Estado de São Paulo”, revista “Época e IG Financie.