Guerra e terrorismo: depoimentos de quem lida com a violência
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Reportagem de Caio Garritano
Repórter do RJ TV, Pedro Figueiredo teve a chance de fazer uma cobertura internacional por acaso. E mandou muitíssimo bem. Ele estava de férias, em Barcelona, quando o atentado terrorista na Catalunha aconteceu e foi convocado para entrar em cena. “Sem dúvida, a cobertura do atentado foi a que mais marcou a minha carreira”, diz Pedro. O jornalista participará da 4ª Semana de Jornalismo da ESPM, junto com Octávio Guedes, diretor de redação do jornal Extra, na mesa que discutirá Guerra e Terrorismo. Guedes criou a editoria Guerra, no periódico carioca, para aumentar o espaço dedicado à cobertura da violência no Rio. O debate acontecerá na quinta-feira, (09/11) no auditório da faculdade, no Centro, às 11h30m.
Pedro é formado em Comunicação Social pela URFJ e Mestre em comunicação pela PUC-Rio. Ele participou de coberturas importantes, como a das Olimpíadas Rio 2016, a de eleições, e a dos 450 anos da cidade do Rio de Janeiro. Levando em conta que, a qualquer momento, pode acontecer algum fato importante, o repórter acredita que o jornalista tem que estar sempre pronto para passar a informação de forma ágil, com uma boa apuração. “Acho que, nessa era de maior velocidade das informações, o papel do jornalista se tornou ainda mais importante.”
O jornalista Octávio Guedes dedicou sua carreira à cobertura de Rio de Janeiro, passando pelas editorias de cidade e política dos principais jornais, como “O Globo”, “Jornal do Brasil”, “O Dia” e “Extra”. Vencedor de três prêmios Esso, além do conferido pela Sociedade Interamericana de Imprensa, ele participa também de programas da rádio CBN e do estúdio I, da Globonews.
No dia 16 de agosto, o jornal “Extra” chamou a atenção dos seus leitores ao criar a editoria Guerra no Rio. Casos como um feto baleado na barriga de Claudineia dos Santos (30/06), o uso de armamento de guerra em assaltos e a morte de Vanessa Santos a tiros em uma escola na Zona Norte (04/07) motivaram a iniciativa. “A criação da editoria de guerra foi a forma que encontramos de berrar: isso não é normal! É a opção que temos para não deixar nosso olhar jornalístico acomodado diante da barbárie. ”, afirmou o editorial publicado pelo jornal no dia da criação da nova editoria.