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Badminton, Peteca e Brasil

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Reportagem de Nestor Ahrends e Yuri Murta

O Badminton, pode-se dizer, é um dos esportes primordiais da história do Brasil. Isso se explica porque suas origens são de uma brincadeira que era praticada pelos nativos que aqui habitavam: os índios. A peteca, que é um objeto indígena, era uma das principais diversões à época. Apesar da semelhança, o esporte praticado pelos primeiros brasileiros é distinto da modalidade criada na Índia, tendo o uso da raquete como principal diferença entre elas. Ainda que a peteca seja algo da cultura brasileira, o badminton é um esporte pouco praticado no país e, aos poucos, busca mais espaço no cenário esportivo nacional.

Nos últimos anos, o Brasil vem tendo progresso na modalidade e alcançando resultados surpreendentes, para uma prática tão pouco comentada no país. Exemplo desta evolução é o resultado conquistado nos Jogos Pan-Americanos, disputados entre julho e agosto deste ano, em Lima, no Peru. Esta edição registrou o maior número de medalhas para atletas brasileiros na história da competição – cinco no total – e também a primeira medalha de ouro da história do país.

Vencedora de uma medalha de bronze na disputa de duplas do torneio, Fabiana Silva, contou o que sentiu ao subir no pódio: “Foi uma sensação indescritível, poder representar meu país, além de somar no quadro de medalhas, e também  poder fazer parte da história do badminton brasileiro”.

As conquistas e resultados internacionais do Brasil, nos últimos anos, começaram a deixar o esporte mais conhecido no país. É o que pensa Alexandre Oliveira, coordenador do CT Regional do PROFAB (Programa de Formação de Atletas de Badminton), projeto da CBBd (Confederação Brasileira de Badminton). “Está numa progressão (o badminton). Um esporte que não é cultural aqui, mas tem tido cada vez mais visibilidade. Cai facilmente no gosto das pessoas, tem uma fácil adaptação e aprendizagem. A situação no momento é favorável”, disse o coordenador.

Alexandre, entretanto, afirma que o esporte ainda carece da assistência das prefeituras e do governo,  o que é um problema cultural. O treinador assegurou que essa é a maior dificuldade entorno do badminton e que os que estão dentro dos projetos lutam bastante para um amparo maior. Ele diz ainda que, esse apoio é necessário para se obter um trabalho mais disciplinar, professores mais qualificados e ajuda para o transporte dos alunos aos treinos, principalmente.

Francielton Farias, outro medalhista de bronze, também nas duplas, no Pan deste ano, defende que o esporte ainda precisa de mais apoio de patrocinadores e maior visibilidade da mídia. “Eu acredito que o badminton do Brasil precisa de um incentivo maior, para que possam atrair mais pessoas para a modalidade. Temos muitos talentos e precisam ser vistos!”, diz o jogador.

Visando mostrar novos talentos e promessas do badminton nacional, o Portal de Jornalismo da ESPM-Rio foi até o projeto Miratus, localizado na comunidade da Chacrinha, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. A intenção era conversar com os atletas da equipe para saber um pouco mais sobre o trabalho social feito por Sebastião de Oliveira, de onde saiu Ygor Coelho, seu filho e o maior nome do Brasil no esporte. Confiram no vídeo a seguir:

 

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