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Uso e efeitos do tratamento com canabidiol

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A partir do mês de maio, o Sistema Único de Saúde (SUS) do estado de São Paulo passará a distribuir remédios à base de canabidiol, extraído da cannabis. Pode ser utilizado através de óleos, cápsulas, sprays e cremes. Usado para transtornos neurológicos, fibromialgia, ansiedade, autismo, dores crônicas e epilepsia, o medicamento será entregue apenas a pacientes com indicação médica. 

Até 2014, seu uso era proibido no Brasil, mas com novas classificações pela Anvisa, passou a ser utilizado e comercializado no país. Segundo o nutrólogo, médico responsável por intermediar nutrientes e medicamentos, Matheus Santos Alencar, o CBD (canabidiol) costuma ser somente um aliado dos outros tratamentos do paciente, e não o principal: “A gente acaba utilizando o CDB para auxiliar ou às vezes até para ajudar a diminuir a dose dos outros medicamentos que o paciente vem utilizando. Conforme eu fui começando a testar em alguns pacientes, eu vi que dá um resultado bem interessante”.

O canabidiol é um dos principais compostos encontrados na planta da cannabis. O tetrahidrocanabinol, mais conhecido como THC, é a molécula psicoativa da cannabis, que atua como relaxante muscular e anti-inflamatório. O THC produz efeitos anticonvulsivos, antidepressivos e anti-hipertensivos.

O  canabidiol (CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC) são dois canabinóides abundantes encontrados na planta da cannabis sativa. A principal diferença entre os dois  está nos efeitos psicoativos. O THC é o principal responsável pelos efeitos de euforia, alteração da percepção sensorial, relaxamento e sonolência. O CBD não é psicoativo, logo ele não causa alterações mentais. 

A legalidade do CBD e THC pode variar de acordo com o país. No Brasil o CBD é legalizado apenas para fins medicinais, com prescrição médica e registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Já o THC, por ser psicoativo,  ainda é uma substância ilícita no Brasil. 

Ao prescrever os remédios com a substância, Matheus imaginava que as pessoas teriam preconceito , mas conta que os pacientes têm mais curiosidade. ”Na verdade a maioria dos pacientes que tem alguma indicação, seja uma insônia mais refratária, mais difícil, ou uma fibromialgia, ou que tem um parente próximo com algum grau de demência,  já ouviu falar do CDB, e às vezes fica bastante curioso para tentar ver se realmente vai conseguir ter aquele benefício”. 

 O uso do canabidiol pode trazer diversos benefícios e é muito eficiente para o tratamento de várias doenças e problemas, como de quadros de saúde mental, como: ansiedade, depressão e Transtorno de Estresse Pós-Traumático; dores crônicas, relaxamento para pacientes que se enquadram dentro do espectro autista, diabetes, distúrbios de sono, esclerose múltipla, entre outros.

O médico ressalta que o CBD pode ser utilizado para várias aplicações. “Eu gosto bastante e vejo bastante resultado seria pacientes com dores crônicas, como por exemplo fibromialgia, mas também pacientes mais idosos que apresentam algum quadro de demência, de Alzheimer, de Parkinson.”

De acordo com a pesquisa realizada no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP), em parceria com a Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP), o canabidiol possui efeito ansiolítico, sem causar dependência, reduzindo, sobretudo, o medo de falar em público em pessoas que possuem fobia social. 

Para a Agente Internacional de Negócios, Vanda Pontes, que usa o canabidiol como tratamento afirma: “Acabaram minhas dores articulares, hoje durmo em média 8/9h. Não sinto mais ansiedade. Sou uma pessoa 70% mais calma do que eu era antes do uso do canabinol. Mudou minha vida pra melhor, com certeza isso eu posso te garantir”. 

Repórteres: Davi Medina, Julia Novaes e Gabriela Zito

Coordenadores: Carolina Dorfman e Eduardo Gama

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