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Reality shows: o renascimento na pandemia

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Os reality shows têm feito muito sucesso ultimamente. O grande número de telespectadores está relacionado com a pandemia, que obriga as pessoas a buscarem por novos entretenimentos com mais frequência. Segundo o Painel Nacional de Televisão (PNT), o paredão do “BBB 21” entre Sarah, Juliette e Rodolffo bateu recorde com a maior audiência aos domingos desde 2010. Sendo assim, programas como o “Big Brother Brasil”, “A Fazenda” e “The Circle Brasil” viraram o assunto do momento nas redes sociais e entraram nas casas de milhões de brasileiros. 

Quando o coronavírus estourou no Brasil, o “BBB 20” estava no ar e a produção precisou agir rapidamente para garantir a segurança dos participantes e a continuação do programa. Segundo o participante Hadson Nery, conhecido popularmente como Hadybala, a equipe foi muito cuidadosa: “Eles ficaram bem preocupados. Tive a percepção de mudanças somente quando já estava aqui fora, eles trabalham muito, são super atenciosos e perfeccionistas.”

As adaptações na produção frente à nova realidade tiveram que ser rápidas e precisas. A líder de tecnologia da Globo, Larissa Telles, trabalhou nas duas últimas edições do Big Brother e contou que a palavra-chave para a edição 20 foi ‘adaptação’. “A gente já tinha um time rodando, já tinha um programa no ar, processos e procedimentos construídos e remodelados.” Ela ainda afirma que uma das maiores mudanças entre as duas edições do reality foram as medidas de segurança. “Na virada do BBB 20 para o 21, o que aconteceu foi que a gente teve um protocolo de segurança de Covid mais sólido e concreto”, revelou.

No entanto, antes da pandemia, a exibição britânica “The Circle” já promovia uma competição em formato de isolamento. No programa, os participantes são desafiados a ficarem sozinhos, cada um em um apartamento, conversando apenas pelo sistema de inteligência artificial Circle. Através de perfis online, não necessariamente sendo eles mesmos, os confinados precisam interagir entre si e cumprir desafios. 

A participante Lorayne Oliver disse que se surpreendeu, porque não imaginava ser tão dependente de seu celular. Apesar de ter vivido uma experiência de reclusão, que chega perto da nossa realidade hoje, ela conta que não se sente mais preparada e que deveríamos nos lembrar das coisas mais simples da vida. “Lá, eu aprendi a dar mais valor a esses momentos offline.” 

Com a necessidade do isolamento social para conter a doença, as redes sociais se tornaram uma das principais fontes de entretenimento. Segundo um estudo da Kantar IBOPE Media, 73% dos internautas brasileiros ampliaram o consumo dessas plataformas em 2020 e além disso, os dois programas mais comentados do mundo no Twitter foram o “Big Brother Brasil” e a “A Fazenda”. 

Rodrigo Neves, fundador do Portal Tracklist, menciona que, inicialmente, o foco da equipe era em conteúdos sobre música, mas com o início da quarentena a demanda por outros assuntos aumentou. “As pessoas também querem saber de fofocas e das celebridades”. Ele ainda reforça a importância do entretenimento em meio a tantas notícias ruins. “A gente viu que todo mundo estava falando de pandemia, de coisa ruim, mas nós também enxergamos o nosso papel de proporcionar diversão para o público”, relata.

Reportagem: Amanda Domicioli I Bruna Bittar I Letícia de Lucas

Supervisão: Gabriela Leonardi

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