O futuro do MCU
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ATENÇÃO: O TEXTO A SEGUIR PODE CONTER SPOILERS.
A primeira fase do Universo Cinematográfico Marvel (MCU) foi criada em 2008, com o lançamento de “Homem de Ferro”, protagonizado por Robert Downey Jr, grande galã dos anos 90. Um dos filmes mais assistidos da franquia é “Vingadores: Ultimato”, que gerou cerca de 890 milhões de dólares de lucro. Com essa estreia, em 2019, a Fase 3 do MCU foi encerrada, junto à trajetória de heróis que se desenvolveu ao longo dos 11 anos anteriores, como Viúva Negra, Capitão América e Homem de Ferro, além do vilão Thanos. Logo, gerou-se grande expectativa entre os fãs a respeito do futuro da franquia.
Após a criação do serviço de streaming Disney+, o Universo Cinematográfico Marvel foi expandido de maneiras nunca vistas antes por essa empresa. Produções originais começaram a ser criadas, como as séries “WandaVision”, “Falcão e o Soldado Invernal”, “Loki” e “What if..?”. Com esses lançamentos, o público pode se inteirar mais sobre os personagens, e portas foram abertas para a Marvel imaginar o futuro audiovisual também fora das telonas.
Os famosos “Fanservices” (detalhes que aparecem nos filmes, que são referências a outras obras) têm ganhado mais importância entre fãs, segundo o estudante de cinema Antonio Miguel, que aproveitou as estreias na Disney+ para abordar o tema. “O que a Marvel tem feito com as séries é o melhor uso de “fanservice” que vejo há muito tempo. Para ver um filme, você vai uma vez ao cinema, fica no máximo uma semana entusiasmado com os acontecimentos e pula para o próximo “hype”. Com as séries, esse “hype” dura do primeiro episódio até as duas semanas após o último!”, comentou.
Fã do MCU, Juliana Barbosa, afirma que por mais que ame esse universo, o início de um novo ciclo foi essencial para que o gênero de super-heróis não ficasse saturado pela mesma e antiga fórmula Marvel. Além disso, diz que depois do maior vilão, o Thanos, os telespectadores precisam encontrar nos filmes uma ameaça maior para ficarem empolgados com os lançamentos. “Assim, por que não encararem o Kang, o conquistador (o possível grande vilão das próximas fases da Marvel)?”.
A Fase 4 trará novas figuras, como Shang-Chi, o primeiro super-herói asiático do MCU e os Eternos, os primeiros heróis a habitarem a Terra. Além disso, serão exploradas histórias de personagens já apresentados, como Bucky Barnes, Sam Wilson, o novo Capitão América, e Wanda, a Feiticeira Escarlate. O youtuber e dono da página Good Nerd no Instagram, Pedro Borges, disse que haverá maior liberdade de criação e oportunidades de conhecer novas personalidades. “As obras, apesar de no mesmo universo, parecem mais autorais. As 3 séries, até agora, foram diferentes, e isso está sendo bem legal de ver. Com as séries você pode se aprofundar e apresentar personagens que anteriormente não teriam o mesmo destaque.”
A estudante Camilla Carneiro, de 19 anos, comenta que muitos jovens cresceram vendo os filmes e se emocionaram com o término desse último ciclo.“Já estava na hora de outra geração aparecer para acompanhar a nova fase da Marvel e crescer com ela, assistindo a todos os filmes, se animando para ler os quadrinhos e criando várias teorias”, completa. Ela acredita que essa temporada tenha uma maior conexão com o mundo atual e ajuda os novos fãs a se identificarem com os personagens.
O final de “Loki” mostra o multiverso sendo aberto, o que traz consequências já vistas no trailer de “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa”, como a aparição do vilão Doutor Octopus. Enquanto isso, Wanda estuda o Darkhold após o despertar de um poder que não sabe utilizar. Há diversas teorias acerca do futuro do MCU, e como a franquia não segue necessariamente uma ordem cronológica de lançamento, é uma longa espera para os fãs dos super-heróis.
Reportagem: Arthur Vilela | Deborah Lopes | Júlia Araujo
Supervisão: Juliana Ribeiro