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HIV: Jovens na contramão

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O número de casos de HIV aumentou 700% entre os jovens na última década, segundo levantamento realizado em 2018 pelo Ministério da Saúde. Este número contrasta com a diminuição de 16% dos casos no país nos últimos seis anos. A sexóloga Mônica Pompeu atrela o descuido como maior razão para o crescimento do vírus dentro de um grupo tão específico: “O jovem não acredita que as coisas possam acontecer com ele, até aqui no consultório eu percebo que eles não usam preservativo, só a minoria”.  

         As campanhas de conscientização da doença cumprem o papel de realizar a educação sexual, para que seja possível atingir o máximo de jovens sem o conhecimento da prevenção e dos cuidados necessários. O Grupo Pela Vida (GPVRIO) reúne cerca de 15 voluntários que realizam este trabalho. Eles montam tendas no Centro do Rio e propõem, além da explicação de qualquer dúvida relacionada à sexualidade, o teste de HIV. “A gente tenta juntar um grupo que permita jovens falando para jovens, gays falando para gays, trans falando para trans. Só assim as pessoas se sentem mais à vontade para tirar dúvidas”, explica Tarcísio Gomes, de 29 anos, voluntário do GPVRIO.

         Outro ponto abordado em campanhas é o da diferença entre HIV e AIDS. O primeiro não causa sintomas, e costuma passar despercebido. No entanto, pacientes que carreguem o vírus nesta fase precisam realizar o tratamento, do contrário, ele pode desenvolver-se e gerar a AIDS, além de infectar outras pessoas. Já o segundo representa a doença em si, com todos sintomas envolvidos. “Eu acho muito importante a gente ter esse assunto, conversar sobre isso no Ensino Médio, quando os hormônios estão à flor da pele. Acho importante saber sobre isso tanto para a prevenção de doenças quanto para saber como as coisas funcionam”, conta Ana Luiza, estudante de cinema de 19 anos.

Reportagem: Bárbara Beatriz e Rogério Fontes

Texto: Bárbara Beatriz Camello, Davi Barbosa, Diana Campos, Lucas Pires, Renan Adnet e Rogério Fontes.

Edição: Davi Barbosa