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O verdadeiro valor por trás do produto

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Toda pessoa que, por meio de técnicas predominantemente manuais, consegue transformar alguma matéria-prima em produto final com uma identidade cultural, pode ser considerado um artesão. Apesar de ser um trabalho pouco valorizado, o ramo de artesanato mobiliza muita gente no Brasil. De acordo com dados do Sebrae, o setor movimenta cerca de 50 bilhões de reais ao ano e sustenta direta ou indiretamente 10 milhões de pessoas no país.

Victória trabalhando na confecção de um tênis. Foto: Acervo Pessoal

De acordo com uma pesquisa feita pela empresa de consultoria Brain & Company, a indústria do mercado de luxo cresceu 5% em 2018 e chegou a um faturamento de €1,2 bilhão (envolvendo produtos e serviços). Isso é resultado do trabalho de muitos artesãos que precisam personalizar cada peça manualmente. A artesã da Dolce & Gabanna, Vitória Flores, conta que se sente honrada em trabalhar por uma marca tão relevante no mundo da moda. “Tenho que, literalmente, incorporar o aspecto pessoal, para que o produto emocione e se torne ainda mais especial do que já é”, disse.

A artesã também compartilha um pouco da sua vivência enquanto mulher negra de origem periférica. E conta que não foi fácil se imaginar nessa posição, devido a falta de representatividade nesses espaços, sendo a única a atuar como artesã na sede do Rio. ‘‘Não me foram dadas referências de mulheres como eu exercendo funções de importância em ambientes considerados de prestígio e luxo.”

De outro lado, há exemplos de quem está começando nesse meio. Esse é o exemplo de Isabel Barcellos, Luana Bocadilha e Marina Louro. As três amigas que resolveram começar juntas o @mil.criações, uma loja virtual que produz acessórios à mão. No vídeo abaixo elas falam sobre o o início da marca, do impacto da pandemia nas vendas e da importância do trabalho no produto final.

Reportagem: Alberto Ghazale, Bruna Barros, Eloah Almeida, Francisco Ferreira, João Pedro Abdo, Joaquim Werneck e Juliana Ribeiro

Edição: Francisco Ferreira

Supervisão: Carolina Mie e Patrick Garrido