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Crítica: City of Lies

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“City of Lies” é um filme de suspense policial dirigido por Brad Furman, estrelado por Johnny Depp e Forest Whitaker. Baseado no livro “LAbyrinth” de Randall Sullivan, o longa narra a investigação do detetive Russell Poole, que é interpretado por Depp, sobre os assassinatos dos rappers Tupac Shakur e The Notorious B.I.G., dois casos não resolvidos que deixaram uma marca inesquecível a cultura hip-hop dos anos 90. Whitaker interpreta um jornalista chamado Jack Jackson, que se junta a Poole para desvendar a verdade por trás dos assassinatos.

O enredo segue Russell Poole (Depp), retrata um homem obcecado pela verdade, consumido pela sua busca por justiça. Junto com o jornalista Jack Jackson (Whitaker), Poole desenterra uma teia de corrupção dentro do próprio departamento de polícia, sugerindo uma conspiração que envolve policiais e gangues de rua.

Whitaker brilha como o jornalista Jack Jackson. Ele atua como uma âncora emocional no filme, sendo tanto um cético que desafia Poole, quanto um parceiro que eventualmente apoia sua cruzada. A química entre Depp e Whitaker é palpável, e suas interações elevam muitas cenas do filme.

O filme tem destaque por sua atmosfera sombria e seu estilo de narrativa não linear, com flashbacks dos eventos que levaram aos assassinatos e a investigação em curso. Isso contribui para manter o suspense do espectador e o intriga do início ao fim. 

A trama aborda questões importantes sobre corrupção policial, conspiração e poder na indústria da música. O longa mergulha nas complexidades do caso dos assassinatos, questionando quem realmente estava por trás dos crimes e quais foram suas motivações.

A produção se esforça para ser fiel aos eventos reais ao utilizar entrevistas e depoimentos de pessoas envolvidas nos casos. No entanto, como em qualquer obra baseada em fatos, há uma mescla de realidade e dramatização que pode levar a interpretações variadas sobre a veracidade de alguns detalhes.

A cinematografia de Monika Lenczewska captura a essência urbana de Los Angeles com um estilo visual que complementa a narrativa. A trilha sonora também merece destaque, evocando a era do hip-hop dos anos 90, imergindo ainda mais o espectador no contexto da história.

O filme teve uma recepção mista da crítica. Enquanto alguns elogiaram as atuações e a coragem de abordar um assunto tão sensível, outros criticaram o ritmo do filme e a complexidade da trama, que pode ser confusa para alguns espectadores.

“City of Lies” é provocativo por tentar lançar luz sobre um dos mistérios mais intrigantes da história do hip-hop. Oferece performances memoráveis e uma narrativa que incita à reflexão. 

Crítica: Luana Bentes

Supervisão: Davi Rosenail e Joana Braga

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