O futuro do DCEU
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O filme “The Batman” chega no HBO Max na próxima segunda-feira, dia 18, após completar 46 dias nas telas do cinema. O longa do homem-morcego conseguiu uma bilheteria de quase 740 milhões de dólares no mundo inteiro, e durante o período de sucesso, foram anunciadas novas obras da DC. Já confirmaram duas séries vinda do universo do Batman, uma que vai contar mais sobre o Asilo Arkham e outra sobre o Pinguim, causando grande euforia nos fãs da DC Comics.
Mesmo com o sucesso de bilheteria, o filme do herói não conseguiu escapar das comparações com o último Homem-Aranha, assim gerando aquela velha discussão Marvel x DC. É evidente que a Disney possui um projeto bem mais consolidado, enquanto a Warner tenta recuperar os seus tempos de glória, que foram perdidos no início do universo estendido DC (DCEU) com o diretor Zack Snyder.
Otávio Augusto, de 21 anos, fã da DC, afirma que o Zack Snyder tem seus pontos positivos e negativos. Otávio gosta da abordagem realista sobre a percepção pública quanto ao Superman, mas para ele o diretor peca em querer desconstruir demais os personagens. Entretanto, o maior erro foi da Warner, de acordo com o jovem: “A pressa e falta de planejamento ao empurrar grandes eventos com poucos filmes, dificultou que o público tivesse empatia pelos personagens”.
Uma parte da esperança do DCEU se encontra no novo universo do Batman. Fábio da Luz, dono do canal “Caverna do Morcego – O Universo do Batman”, opinou sobre as suas expectativas acerca do herói: “Se trata de uma nova visão do personagem pela ótica do diretor Matt Reeves, dentro do conceito de universo compartilhado que acabou sendo moldado hoje em dia envolvendo os super-heróis. É uma maneira de expandir a possibilidade de contar novas histórias do Homem-Morcego, mas mantendo a visão do diretor sem verter para generalização que existe hoje em dia envolvendo o gênero.”
A Warner não tem apenas o Batman como projeto, já que neste mês de abril o mundo foi impactado, a Discovery adquiriu a WarnerMedia, o novo CEO da empresa David Zaslav quer revitalizar o universo DC com novas obras. Filmes como: “Adão Negro”, “Shazam Fúria dos Deuses”, “Aquaman e o Reino Perdido” e “The Flash” são os principais longas que vão estrear nos próximos meses. Estes projetos sofreram com a falta de planejamento por parte do estúdio, principalmente o Flash, que está em desenvolvimento desde 2017 e seria lançado em outubro de 2022, porém foi adiado para junho de 2023.
Fábio diz que existe um árduo trabalho em deixar esses filmes perfeitos, no que diz respeito a efeitos especiais. “O adiamento acaba sendo natural quando você tem séries de alterações internas da empresa e a necessidade de estreitar os filmes.” Uma dúvida que ainda permanece no grande público é como vão ser interligados esses projetos, visto que a Warner não teve esse planejamento como a Disney.
O DCEU funcionará ainda com ligações e continuações, porém não seguirá aquela fórmula de precisar assistir a todos os filmes para pegar as referências, pois as obras terão um olhar mais autoral e artístico do diretor, como “The Batman” de Matt Reeves e “O Esquadrão Suicida” de James Gunn. O filme do Flash mudará o multiverso da DC nos cinemas, pois de acordo com o Fábio o longa do velocista escarlate estabelecerá um novo universo de interações desses heróis.
Com a junção de Warner e Discovery, e novos projetos mais organizados, o DCEU está dando mais esperança aos fãs, Otávio Augusto afirma que agora enxerga uma reestruturação com ênfase na qualidade e em conexões, ao mesmo tempo que mantém a liberdade autoral na criação das obras. “Os quadrinhos transmitem a possibilidade de múltiplas visões, e o cinema pode seguir esta tendência”.
Reportagem: Lucas Moll
Supervisão: Lucas Guimarães