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Museu de Arte Moderna do Rio recebe festival de arte urbana

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Entrada do Arte Core no MAM | Foto: Matheus Castro

O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM) recebeu nesse final de semana (15 e 16/10) o festival gratuito de arte urbana Arte Core. O evento, que tem como principal objetivo disseminar a cultura urbana foi divido em três pilares: a música, as artes plásticas e a cultura do skateboard. Com isso, artistas nacionais e internacionais, músicos e skatistas compareceram nos jardins do MAM para um dia inteiro de muita streetart.

A programação foi gratuita e voltada para todas as idades. Ao andar pelo evento, nos dois dias, notava-se a diversidade do público e a presença de famílias com crianças pequenas. Jonathan Bandeiras, de 34 anos, que é garçom e nas horas vagas anda de skate, acha fundamental o incentivo aos esportes para as crianças. Ele levou o filho de seis anos, que pratica o mesmo esporte, ao evento: “Ele começa a perceber que o skate não é só uma coisa de criança, é uma tribo grande que reúne pessoas de diversas idades, classes sociais e lugares diferentes”, disse Jonathan.

De acordo com Marco André Tosatth, um dos curadores do evento, o Arte Core já existe há 11 anos na Galeria Homegrown, primeira galeria do Rio de Janeiro dedicada exclusivamente à arte urbana. Ele contou ainda que houve uma necessidade de expansão, porque os artistas queriam mostrar seus trabalhos em lugares que pudessem comportar obras de maiores escalas, além da possibilidade de receber mais visitantes. O que resultou em uma mobilização de aproximadamente 18 mil pessoas nas duas últimas edições do festival, em 2014 e 2015.

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Speto grafittando no Arte Core | Foto: Matheus Castro

No primeiro dia de Arte Core atrações como Mc Marechal, DJ Saddam e Omulu estiveram presentes na programação musical. Na parte das artes, as obras de artistas nacionais e internacionais foram exibidas em telões ou galerias. O grafiteiro paulista Paulo César Silva, de 45 anos, conhecido como “Speto” contou que conheceu o grafite após assistir dois filmes que o inspiraram a seguir carreira nesta arte. Com 31 anos de experiência, ele reclama do preconceito: “É importante que, a cada dia, haja uma desmistificação e uma democratização dessa arte”, afirmou Speto.

O segundo dia do evento contou com shows do DJ Tamenpi, DJ Marcelinho da Lua, KL Jay (SP) que é integrante do grupo brasileiro de rap Racionais MC’s e DJ Negralha, integrante d’O Rappa. Além das galerias e exposições, a marca de tênis Converse, que celebrou a história de Chuck Taylor All Star, promoveu uma intervenção artística ao ar livre: um painel em branco, onde as pessoas usaram canetas coloridas para se expressarem. Mario Santos, de 23 anos, funcionário do IBGE, sonha em ser tatuador. “A gente cria, na arte e no desenho, de acordo com as coisas que a gente conhece. Então, estar vendo coisas novas é muito bom”, afirma o jovem que estava desenhando no local.

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Skatista no jardim do MAM | Foto: Matheus Castro