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Dia Mundial da Diabetes

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Dia 14 de novembro é o Dia Mundial de Conscientização e Prevenção ao Diabetes, que tem o objetivo de alertar a realização de exames de rotina, que ajudam a identificar a doença, e incentivar as práticas saudáveis que previnem o seu desenvolvimento. O Atlas de Diabetes é produzido a cada dois anos pela Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês), mapeia a dimensão da doença em 138 países. Em sua nona edição os resultados não têm sido estimulantes, principalmente para o Brasil.

De acordo com o documento, o número de brasileiros com diabetes aumentou em 31% desde 2017 com o último levantamento. Ao todo, se tem aproximadamente 12,5 milhões de pessoas, que representa 7% da população que sabem da doença, por outro lado, 30% possuem diabetes mas não sabem que têm. 

A diabetes é dividida em dois tipos, sendo o tipo um o menos comum, cerca de 5 a 10% das pessoas que possuem a doença. Esse tipo se diferencia por ser mais normal em crianças e adolescentes, autoimune e não está associada ao excesso de peso. Já o tipo dois, o mais comum, está presente em 90% das pessoas com diabetes. Esse tipo se diferencia por aparecer normalmente em adultos acima dos 30 anos, mesmo com fatores genéticos é muito associado ao excesso de peso e o corpo perde a capacidade para responder aos efeitos do hormônio insulina.

Para a jornalista Manuela Brasão, de 25 anos e diagnosticada com a doença aos 10, o começo foi difícil. “Eu fiquei muito magra, com aparência de doente. Ao fazer os exames, a glicose deu muito alterada. Quando cheguei no médico, ela confirmou que eu estava diabética.” conta. Ela diz que quando começou a controlar, não entendia o porque de repentinamente ter que começar a tomar oito injeções de insulina por dia, e que aquilo era muito doloroso.”Eu me alimentava muito corretamente, media a glicose e aplicava a insulina sempre antes e após as refeições.” afirma. 

Ela conta que é super normal a convivência com a doença, sem ter que se privar de nada e que come de tudo, malha normalmente, mas sempre amparada por uma equipe que conta com endocrinologista, nutricionista e personal trainer. Hoje, após 15 anos de diabetes Manuela afirma que se sente completamente adaptada. ”Hoje a rotina de medir e aplicar, para mim, é como escovar os dentes, tão natural quanto” comenta. 

A estudante Beatriz Martinho também foi diagnosticada quando criança e comenta que na época em que descobriu foi bem complicado, pois sua mãe teve que mudar a alimentação da casa toda. “A convivência é bem tranquila, eu só tenho que ficar de olho no que como e estar sempre controlando quantidade de insulina que eu aplico” conclui.

Para a nutricionista Claudia Lima, as datas de conscientização relacionadas à saúde são sempre importantes, “É uma maneira de alertar para o cuidado que se precisa ter”. Ela explica que a principal maneira de se prevenir do diabetes é se manter dentro do peso adequado praticando atividades físicas e possuindo uma alimentação equilibrada, além de fazer exames periodicamente para tentar diagnosticar o quanto antes. Claudia ainda completa que para as pessoas que já possuem diabetes a alimentação ideal é rica em fibras, e com baixa quantidade de açúcar. “Além disso também é importante consumir pouca gordura porque pessoas diabéticas podem ter um risco maior de desenvolverem doenças cardiovasculares” afirma.

Para a enfermeira Gabriela Leadebal os pacientes precisam da ajuda do SUS, Sistema Único de Saúde. “Nos últimos dez anos eles entenderam que a diabetes é uma doença que precisa ser olhada de forma diferenciada nas questões de tratamento e acompanhamento de seus pacientes, onde eu tinha que ter um tratamento acessível para ter respostas positivas.” Ela comenta também que a diabetes faz parte do grupo de doenças crônicas não transmissíveis e dessa forma o olhar da saúde hoje é para promoção de prevenção.

Reportagem: Ana Júlia Oliveira, Beatriz Aguiar, Felipe Roza e Renan Adnet

Infográfico: Ana Júlia Oliveira

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