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Violência contra a mulher aumenta em 2024: como buscar ajuda no Rio?

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“Agosto Lilás” é uma campanha dedicada à conscientização e ao enfrentamento da violência contra a mulher no Brasil. A data foi instituída em homenagem à Lei Maria da Penha, sancionada em 7 de agosto de 2006. Na última quinta-feira, o Instituto de Segurança Pública (ISPMulher) divulgou o levantamento do primeiro semestre de 2024 no Estado do Rio. Segundo a pesquisa, o período registrou 216 casos de assédio sexual, um aumento de 33,3% em comparação a 2023. Quanto aos casos de feminicídio, o aumento foi de 43%, com 236 casos registrados.

O crescimento do número de ocorrências de feminicídio no estado também é relatado pelo Monitor de Feminicídios no Brasil (MBF). De acordo com o relatório, o Rio de Janeiro, no primeiro trimestre de 2024, teve 63 casos de feminicídios consumados e tentados. No 2º trimestre, houve uma queda para 57 casos, totalizando 120 casos de feminicídios no Rio de Janeiro nos primeiros 6 meses deste ano.

A série histórica desde 2020 até 2023 registrou um aumento de 318 vítimas no período inicial para 621 casos ao final da amostragem, de acordo com o relatório “Elas Vivem: liberdade de ser e viver”, da Rede de Observatórios da Segurança. 

Pontos de Acolhimento

No centro do Rio, a Casa Almerinda Gama funciona como um local de acolhimento para mulheres que sofrem com a violência doméstica. O projeto é encabeçado pelo Movimento de Mulheres Olga Benário, que está presente em vinte estados brasileiros e desenvolve iniciativas para receber vítimas em situação de vulnerabilidade social.

Quarto na Casa Almerinda Gama, localizada na Rua Carioca n° 37 /Foto: Joana Braga

Monique Zuma, coordenadora do projeto, explica como é realizado o procedimento inicial e a recepção no abrigo: “Quando uma mulher chega vivendo uma situação de violência, a gente faz um acolhimento inicial. Conversa sobre o relacionamento dela, direciona o nosso serviço com outros que já existem e organiza uma conversa com a psicóloga, que também faz esse acompanhamento”. Segundo Monique, a Casa Almerinda Gama estima que mais de cem mulheres já foram atendidas e, em média, quarenta já foram amparadas por um período de 3 meses.

Como buscar ajuda no Rio?

Para buscar ajuda no Rio de Janeiro, também é possível acessar o aplicativo Rede Mulher, que permite às mulheres vítimas de violência doméstica solicitar ajuda da Polícia Militar, cadastrar uma rede de proteção de amigos e familiares, ter acesso rápido ao serviço de registro de ocorrências da Polícia Civil, cadastrar a solicitação de uma medida protetiva, além de acessar informações sobre toda a rede de proteção à mulher existente no Estado do Rio de Janeiro.

Ligue 180: Central de Atendimento à Mulher, do Governo Federal.

Ligue 190: fale com a Polícia Militar em caso de emergência

Ligue 197: Violência doméstica

Ligue 1746: Notifique assédio e agressões

Conheça outras redes de atendimento:

CEAM- Centro Especializado em Atendimento à Mulher: Rua Benedito Hipólito,125, Centro / (21) 2517-2726

Núcleo Especial de Defesa dos Direitos da Mulher: Rua do Ouvidor, 90, 4º andar, Centro / (21) 2526-8700

CEJUVIDA – Centro Judiciário de Abrigamento Provisório da Mulher Vítima de Violência Doméstica: Rua Dom Manoel, Centro, em frente ao prédio do Museu da Justiça / (21) 3133-3894

Centro de Referência para Mulheres: Praça Jorge Machado Moreira, Cidade Universitária / (21) 3938-0623

Casa da Mulher Carioca Dinah Coutinho: Rua Limites,1349 / (21) 3464-1870

 

Reportagem: Duda Toqueto, Iago Valadares, Luana Bentes, Maria Vitoria Hucs, e Yan Fernandes

Supervisão: Duda Reis e Luca Alexandre

 

 

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