O legado do Rock in Rio
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Há exatamente um mês começava o maior evento musical do Rio de Janeiro, um dos maiores do país e do mundo, o Rock in Rio. O festival que conta com a presença de pessoas de todos os cantos do mundo movimentou toda a Cidade Maravilhosa e, mesmo após o término de sua 20ª edição, a oitava no Brasil, deixou seu legado de diversas formas.
Dados do Diário do Rio mostram que em sete dias o festival contou com a presença de 700 mil pessoas, ou seja, em média, 100 mil pessoas por dia. Vale dizer que 420 mil pessoas desse total, eram de fora do estado. O Portal de Jornalismo já falou dessas pessoas que vem de fora do Rio exclusivamente para o festival.
Foram 250 atrações espalhadas em sete palcos. Principal e maior, o Palco Mundo foi o que recebeu as atrações mais conhecidas. De Drake à Iron Maiden, o público delirava do início ao fim com músicas, efeitos visuais e muita pirotecnia.
Como toda edição, o festival conta com o Dia do Metal. Data específica em que apenas bandas de Heavy Metal se apresentam. O momento fica marcado pelas camisas pretas, cabelos longos e cânticos agressivos. Contudo, para o servidor público, Marco Antônio de Souza Oddo, foi mais do que isso. Indo ao festival pela terceira vez, aproveitou a oportunidade para comemorar seu aniversário e levar o filho, João Pedro Oddo, para estrear no festival. Para o filho estar com seu pai em um momento como esse, carece de palavras para se expressar. “Algo mágico, que une e conecta mais ainda os laços deste amor paterno”.
A comemoração ganhou um a mais por ser no show da banda favorita do pai, o Iron Maiden. “A sensação foi a melhor possível. Sensacional poder compartilhar de momentos como esses ao lado do meu filho. Foram planejados desde muito antes do show da minha banda favorita”, disse Marco. Para o João, a energia e emoção se destacam. Porém, nada chega aos pés da felicidade. “Ver meu pai feliz, ver meu pai sorrindo. Esses sorrisos me motivam para acordar todos os dias e seguir em frente. Busco proporcionar mais sorrisos como os que saíram durante o show”.
João e seu pai foram apenas dois dos 700 mil que foram ao festival. Com o fluxo de pessoas aumentando de maneira considerável,, a prefeitura reforçou seus trabalhos, principalmente na área de transporte, para que tudo saísse da melhor maneira possível. Os metrôs do Jardim Oceânico funcionaram 24h por dia. Já os BRTs, receberam sete veículos de outros estados para ter maior número em circulação.
A ideia era fazer com que a população que se ausentou do festival não se prejudicasse por conta dele, e deu certo. Não só deu, como foi expandido o período em que os BRTs extras ficariam na cidade. O legado do evento acaba sendo positivo também na questão econômica. Ainda com dados do Diário do Rio, cerca de 1.7 bilhão de reais foram injetados nos cofres do estado.
Quando procurada, a assessoria do consórcio do BRT se pronunciou via nota oficial:
“O BRT vem se empenhando junto à Secretaria Municipal de Transportes em implementar ações que melhorem as condições do Sistema BRT de forma a oferecer ao cidadão carioca um produto que lhe garanta segurança e conforto em seu ir e vir na cidade. Nesse sentido, a aproximação do festival precipitou a necessidade de incremento da frota de forma a minimizar os efeitos que o aumento de volume de passageiros durante o RIR pudesse trazer ao dia a dia do usuário. Assim, foram alugados 7 (sete) ônibus que vieram de outros estados e que aqui chegaram às vésperas do evento. Esses veículos passaram por vistoria da SMTR, apontando algumas fragilidades técnicas, que foram prontamente regularizadas pelo BRT. Está sendo avaliada a formalização da inclusão destes veículos para operação rotineira no sistema”
Uma das novidades da edição foi o Espaço Favela. Apesar de muitas contradições por conta dos protestos e da forma com que foi criado, o palco foi um dos lugares mais visitados e animados do festival. Com alegria do início ao fim, deixou uma impressão muito boa. Fica aí o questionamento se os organizadores trarão o palco para a próxima edição.