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O impacto do coronavírus nas pequenas empresas virtuais

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A pandemia causada pelo novo coronavírus levou à paralisação temporária de diversas atividades essenciais para o andamento da economia brasileira. Um dos grupos mais prejudicados pela crise são as pequenas empresas que, durante esse período, tiveram que mudar seu funcionamento para sobreviver. Segundo uma pesquisa da Sebrae, 5,3 milhões desses pequenos negócios, o que equivale a 31% do total, conseguiram se adaptar, enquanto outros 10,1 milhões tiveram suas atividades interrompidas temporariamente. Confira mais dados no infográfico abaixo:

Por conta dessa situação, o Governo Federal anunciou o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), uma linha de crédito criada para ajudar os pequenos negócios no país durante a pandemia. A segunda fase do programa, iniciada no dia 3 de setembro, já emprestou cerca de 85% dos recursos disponíveis para micro e pequenas empresas, o que equivale a R$12 bilhões em apenas 20 dias. No total, mais de 400 mil empreendedores já foram auxiliados. Entretanto, milhares de empresários não conseguiram esse acesso, pois os bancos alegaram que o dinheiro havia acabado. 

O empresário Matheus Motta, dono da loja virtual de roupas Caban, afirma que a pandemia atrasou seu trabalho, desde o funcionamento de fábricas fornecedoras até a queda do poder aquisitivo do seu mercado consumidor. “Poderia dizer que de alguma maneira ela foi boa no sentido de trazer uma mudança positivas pra minha área de atuação, moda, mas infelizmente estaria mentindo”, diz Matheus. 

De acordo com Cláudio Marques e Felipe Garcia, proprietários da loja Kurandé, o início desse período também os afetou, mas eles conseguiram se recuperar. A marca de cosméticos naturais teve que migrar completamente para as plataformas digitais, e como consequência, alcançaram um aumento nas vendas. “A gente começou a estudar, o Cláudio na área dele e eu na minha, como que a gente poderia transmitir todos os valores da nossa marca, toda essa experiência para meio digital”.

Uma das saídas encontradas por Gabriel Pires, dono da Sweet Club, para atrair a atenção dos clientes para a loja online foi a produção de uma live beneficente que, além de arrecadar dinheiro para uma ONG, transformou seu relacionamento com o público.  “O que a gente tentou fazer para mudar e aprimorar a nossa relação foi criar conteúdo que chame a atenção do cliente”, explica.

Ele conta que chegou a lançar uma nova coleção durante a pandemia, mas encontrou algumas dificuldades. “Quando a gente lançou a coleção, o pessoal não estava querendo muito comprar roupa, essa foi a dificuldade principal, e por conta disso a gente trabalhou muito duro no marketing digital, para atrair mais clientes.”

Reportagem: Alberto Ghazale, Bruna Barros, Eloah Almeida, Felipe Rinaldi, Francisco Ferreira, Joaquim Werneck e Juliana Ribeiro

Infográfico: Patrick Garrido

Supervisão: Carolina Mie e Patrick Garrido

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