A má infraestrutura do Centro do Rio de Janeiro
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texto: Matheus Pardellas e Patrick Garrido
O Centro do Rio de Janeiro é um dos lugares mais movimentados do estado, e nele é visto a má infraestrutura dos serviços públicos. Os buracos e a ausência de pedras portuguesas nas calçadas, dificultam a locomoção dos pedestres. Meios de acessibilidade mal planejados ou desgastados são marcas das ruas do centro da cidade.
Com o objetivo de modernizar a capital do país na época, o prefeito Pereira Passos, em 1902, realizou uma série de obras na cidade do Rio de Janeiro. A ampliação de ruas, criação de estruturas de saneamento básico e construção de praças, são alguns exemplos das mudanças realizadas. Segundo o historiador Marcelo Freitas, a Avenida Rio Branco é uma das principais obras da época. “Pereira Passos idealizou a Avenida Central, a atual Rio Branco, para ser um centro econômico e administrativo na época”. Hoje a avenida ainda é marcada por ser um centro comercial, mas também como uma das principais ruas do centro da cidade, com debilidades em sua estrutura.
Uma vítima dessa má infraestrutura foi Jorge Carneiro. O militar da Marinha de 54 anos, se machucou ao cair em um buraco na rua. “Eu fui cumprimentar um amigo e para minha surpresa caí em um buraco bem grande”. Para Jorge, o que mais o preocupa nessa situação é o que esses buracos podem causar aos idosos e deficientes.
Uma das tentativas para solucionar esse problema foi em setembro de 2015, quando o ex-vereador, Eduardo Moura, apresentou na Câmara Municipal do Rio de Janeiro o Projeto de Lei n°1540. Neste, é decretado a colocação de piso tátil, faixas de alto-relevo fixadas no chão para auxiliar deficientes visuais na sua locomoção, nas calçadas parques, praças e em outras áreas de circulação de pessoas, para demarcar obstáculos e a localização de faixas de pedestres, visando à acessibilidade de portadores de deficiência visual. Porém, a PL foi arquivada.