O reencontro dos cariocas com as bancas
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Nos últimos anos, as bancas no Rio têm se reinventado graças à digitalização dos jornais e revistas e à diminuição da venda de impressos. Os estabelecimentos da capital carioca procuram novas formas de negócio diante deste cenário. A venda de bebidas alcoólicas, alimentos e outros produtos ganha importância e altera a dinâmica de funcionamento dos locais, auxiliando na garantia de renda dos funcionários.
O dono da Banca do André, André Breves, localizada na Cinelândia, região central do Rio, diz que a mudança de perspectiva é necessária nesses novos tempos e que o ambiente funciona como uma loja de conveniência. “A banca é mais um lugar de encontro, necessário para debater e trocar ideias, principalmente porque a Cinelândia é um lugar histórico do Rio, então é importante manter essa cultura.”

Banca do André, localizada na Cinelândia, Zona Central do Rio. Foto: Carlos Colla
Outro comerciante, Aloísio Rodrigues, abriu uma banca recentemente na rua Silveira Martins, no Catete, Zona Sul carioca. Ele oferece diversos tipos de produtos, como material escolar, bolos caseiros e salgados. Quando adquiriu o espaço, já tinha a intenção de transformá-lo em um ambiente mais moderno e fortemente marcado pela ausência de jornais, uma vez que nunca os vendeu.

Aloísio Rodrigues em sua banca. Foto: Davi Patury
Na Praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, a jornalista Heloísa Eterna recebe em seu estabelecimento um público variado, desde crianças até idosos. Com o comércio de discos de vinil, bebidas alcoólicas e revistas, as pessoas podem desfrutar de um ambiente climatizado, uma vez que conta com ar condicionado, um diferencial das demais. Ela destaca que é gratificante possuir um espaço como a banca, e que se sente muito feliz com seu lado empreendedor.

Heloísa Eterna, Herculano Bandeira e seu fiel escudeiro, Ziggy (cão). Foto: Carlos Colla.
Reportagem: Júlia Mota
Fotos: Carlos Colla e Davi Patury
Supervisão: Ana Lúcia Araújo e Guilherme Costa