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Jornalismo Televisivo: profissionais discutem os desafios e transformações.

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Em tempos de informação instantânea a televisão continua se reinventando em meio às transformações do ambiente digital. A mesa “Ao vivo e agora: os desafios da televisão na era digital”, mediada por Laura Araújo, abriu a Semana do Jornalismo na ESPM-Rio. Marianne Teixeira, Josué Luz e Rogério Coutinho, profissionais da TV Globo, compartilharam suas experiências e debateram a influência de novas tecnologias no dia a dia da profissão.

 

Convidados da Semana do Jornalismo da ESPM-Rio após debate sobre os desafios da profissão na atualidade. Foto: Arthur Zanotelli

Em meio à velocidade das redes, muitas vezes, ao ler uma notícia, o público se prende apenas ao lide, sem buscar o aprofundamento necessário para compreender os fatos em sua totalidade. De um lado a inteligência artificial pode “resumir” uma história. Do outro, a abundância de informações pode criar a sensação de que já sabemos o suficiente, mesmo quando a compreensão completa exige atenção e análise mais cuidadosa. De qualquer forma, a tecnologia está presente e não permite ignorá-la.

“O problema não está na tecnologia, e sim, na maneira como ela é utilizada”, disse Marianne, que é coordenadora de pós-produção da TV Globo. A jornalista enfatiza que é necessário se adaptar ao ambiente digital para manter o interesse do público, utilizando os recursos tecnológicos de forma estratégica para aprofundar o conteúdo e aumentar seu impacto. “Acho que a inteligência artificial hoje é muito necessária quando a gente pensa no futuro, e em novas tecnologias. É natural que a gente começe a se apropriar dessas ferramentas e use para ganhar espaço e visibilidade”, disse Marianne.

 

Marianne Teixeira, coordenadora de pós produção na Globo, abordou os desafios de produzir imagens em meio ao avanço da tecnologia. Foto: Arthur Zanotelli

Contudo, os três convidados concordaram que o compromisso com a veracidade das informações continua sendo um dos pilares fundamentais do jornalismo, mesmo em um contexto de constantes inovações. O uso das novas ferramentas deve estar sempre aliado à ética profissional, que garante a credibilidade do conteúdo e sustenta a confiança do público. A tecnologia pode potencializar o alcance e a qualidade da informação, mas é a conduta ética que assegura que o jornalismo continue cumprindo seu papel social de forma transparente e responsável. Segundo o repórter cinematográfico Josué Luz, a televisão evoluiu junto com a sociedade e, com isso, o que era aceitável há dez anos já não se encaixa na realidade de hoje, é preciso se adaptar sem abandonar a ética.

No jornalismo de hard news, a rotina é intensa e marcada pela pressão do tempo. Para o repórter Rogério Coutinho a checagem de informações é indispensável, mesmo durante as coberturas ao vivo, momento em que o risco de erro é maior. Segundo ele, esse cuidado é fundamental para reduzir falhas e garantir a confiabilidade da informação levada ao público.

A mesa reúne especialistas para debater os desafios e transformações na rotina do telejornalismo. Foto: Arthur Zanotelli.

Marianne Teixeira, Josué Luz e Rogério Coutinho destacam que a saúde mental é um pilar essencial para garantir um trabalho eficiente e equilibrado. Os profissionais reforçam que, ao longo da carreira, um dos maiores desafios foi justamente cuidar desse aspecto, reconhecendo a importância de manter o bem-estar emocional mesmo diante das pressões do dia a dia. “Precisamos estar bem para realizar o nosso trabalho”, destaca Marianne.

 

Reportagem: Maria Eduarda Torres e Mirella Casanova

Foto: Arthur Zanotelli

 

 

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