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Prêmio Rap Brasil promove união de mídias independentes e valorização do gênero

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O “Prêmio Rap Brasil” é a mais nova premiação do hip-hop nacional, e terá a sua primeira edição realizada em 2023. O projeto nasceu a partir da união recente das mídias independentes, que viam necessidade de premiar artistas de maneira ampla e técnica, abrangendo o máximo de estados possíveis. Como todo projeto feito de forma autônoma, o Prêmio sofre dificuldades, já que a equipe não pode se dedicar de forma integral devido aos afazeres do dia-a-dia.

RapMais, Flagra Rap (antiga Genius Brasil), RapTV, Inverso e Kalamidade são os 5 veículos de comunicação focados em cultura que se juntaram para dar início ao Prêmio Rap Brasil. Além disso, toda a Academia do Prêmio Rap Brasil será composta por DJs, produtores, diretores, jornalistas, críticos e artistas visuais que votarão nas suas respectivas categorias.

Em nota divulgada, a Academia afirma que “nasceu com o dever de moldar uma cultura mais diversa e inclusiva, com o objetivo de valorizar indivíduos e regiões invisibilizadas no circuito”. Eles também se definiram como “rua” e que pretendem consolidar a cultura através da diversidade.

João Gabriel, integrante da equipe do Prêmio e do Flagra Rap, conta que a ideia surgiu com o intuito de formar um grupo forte com as páginas de Rap, já que todas as envolvidas já tinham suas próprias premiações. “A ideia de unificar é para tentar fazer um movimento mais forte. Por mais que todas as premiações já tivessem uma relevância no cenário, quando você faz uma coisa unificada, eu acho que ganha mais credibilidade ainda. Tentamos fazer o que a gente já vinha fazendo, de uma forma melhor, com mais abrangência e tentando diminuir as dificuldades para organizar”, afirma.

O evento conta com 17 categorias de premiação divididas entre 5 classes de jurados:

  • Júri técnico em produção: Formado por produtores musicais, os jurados votarão nas categorias de Melhor Produção Instrumental, Produtor Revelação e Melhor Produtor
  • Júri técnico em audiovisual: Formado por diretores, filmmakers e estilistas, os jurados votarão na categoria de Melhor Videoclipe 
  • Júri técnico em artes: Formado por fotógrafos e designers, os jurados votarão na categoria de Melhor Arte de Capa
  • Júri técnico especializado: Formado por integrantes dos veículos de mídia envolvidos, os jurados votarão nas categorias de Artista do Ano, Artista Revelação do Ano, Melhor EP, Melhor Álbum, Melhor Composição e Melhor Música
  • Júri geral: Formado por influenciadores, membros da academia que atuem na produção de eventos e outros conhecedores da cena, os jurados votarão nas categorias de Hit do Ano, Melhor Colaboração e Melhor Performance ao Vivo.

As outras três categorias (DJ Destaque, MC de Freestyle e Contribuição à Cultura) vão ser votadas pela própria organização do prêmio, que terá seus critérios baseados na Visão Rap Brasil. O público também poderá participar via votação no Twitter, que ainda não tem data para acontecer. Nesta etapa, os seguidores das páginas decidirão quem serão os vencedores das categorias indicadas pelo Júri Geral, são elas: Hit do Ano, Melhor Colaboração e Melhor Performance Ao Vivo. 

Ainda não há uma previsão exata de quando os resultados serão divulgados, mas Felipe Mascari, integrante da equipe do Prêmio e do HipHopDX, conta que será realizada uma cerimônia online para contemplar os vencedores. “Nessa primeira edição, nós vamos fazer um formato online ao vivo, mas não será aberto ao público, com algumas apresentações, igual o que acontecia no Rap TV. Os resultados serão divulgados nas redes sociais, mas a gente quer fazer uma premiação que seja em um estúdio. A ideia é que a próxima edição seja presencial, em um lugar com todos os artistas, bem parecido com o que são as grandes premiações”, conclui.

Por mais que o prêmio tenha sido idealizado a fim de beneficiar a cena do Rap nacional, ele ainda sofre com as adversidades de ser um projeto novo. Mascari afirma que a dificuldade para fechar patrocínios está sendo um grande empecilho para realizar a primeira edição, justamente por ser uma premiação recentemente introduzida. “Como é um projeto que seria um ‘piloto’, muitas empresas declinaram ou enrolaram a gente para conseguir somar financeiramente nesse projeto, então infelizmente a grana não tá chegando nos veículos independentes como a gente esperava”, conclui o organizador.

Os problemas enfrentados pelos idealizadores do Prêmio não se limitam apenas ao financeiro. Por ser um projeto estreante e que demanda bastante tempo e dedicação por parte dos produtores, João Gabriel afirma que a maior dificuldade é fazer com que todos os envolvidos consigam conciliar o trabalho na música com a gestão do evento. “Mesmo que a gente tente delegar as funções com as especialidades e conhecimentos de cada um, todo mundo tem o seu trabalho, que é o seu ganha pão e o que sustenta cada um. Por mais que cada um dê importância pro projeto, a gente sabe que ninguém pode dar 100% de atenção, se não simplesmente não vive. A gente tem que se desdobrar para arrumar um tempo na agenda, realizar as reuniões”.

Para acompanhar o Prêmio Rap Brasil, basta segui-los no Instagram e no Twitter e ficar ligado nas próximas novidades.

 

Reportagem: Bruno Giovanni, David Silva e Renan Schimid
Supervisão: Clara Glitz e Gabriel Rechenioti

 

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