Palácio do Catete: Como está a revitalização do local histórico
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Desde o final de junho, o projeto RevivaRio Museu da República, em parceria com o Instituto Carioca Cidade Criativa (ICCC) e a empresa de energia Equinor, atua por meio da Lei Federal de Incentivo a Cultura e vem restaurando o histórico Palácio do Catete após ameaças de fechamento. Das intervenções previstas para serem concluídas na próxima semana, o religamento dos chafarizes “Chafariz dos Leões” e “Nascimento de Vênus”, e a restauração dos dois portões de ferro já estão em estágios finais de reparação.
“Acreditamos que impactar positivamente as comunidades locais significa estabelecer parcerias de qualidade com a sociedade nos lugares onde estamos presentes. Estamos fazendo com o Museu da República, local histórico para a cidade e para o país, que conta ainda com jardins muito frequentados e queridos pelos cariocas”, comentou Verônica Coelho, Presidente da Equinor.
Foto: Caio Tostes
Durante os quatro meses de obras, as duas fontes receberam limpeza geral, revisão elétrica e hidráulica, remoção de manchas e tratamento do piso em seus entornos. Os dois portões, um na rua Silveira Martins e outro na rua do Catete, que estavam vandalizados e danificados, também passaram por revisões, processo de decapagem, reposição dos elementos ornamentais faltantes e repintura.
Heitor Wegmann Jr., cofundador do ICCC, disse que, “como parte do Museu da República, o Jardim é um espaço vivo, do povo, que integra e embeleza o cotidiano da cidade do Rio de Janeiro” e, por isso, a importância de revitalizar e restaurar o mesmo.
O ICCC tem mostrado o andamento e a evolução da reforma para o público, através de postagens em suas redes sociais, como o Instagram. Além das melhorias estruturais, o espaço carioca receberá um novo paisagismo de seu jardim, com a adição de um novo parquinho infantil e novas sinalizações bilíngues.
Foto: Maria Vitoria Hucs
Leda dos Santos, artesã e frequentadora do local há pouco tempo, revelou que, apesar de satisfeita com as reformas e a segurança do local, alguns pontos ainda precisam melhorar. “Os gramados poderiam ter uma atenção maior dos funcionários em relação a cuidados e reparos com o objetivo de gerar um maior conforto às crianças e adultos que frequentam o Palácio”.
Já Daniele Reis dos Santos, auxiliar administrativa e frequentadora assídua do Palácio, seu local de trabalho, disse que essa revitalização vai tornar o local mais bonito: “O parque é bem preservado e as pessoas que frequentam e trabalham também ajudam o espaço, por exemplo os patos que vivem por lá são muito bem cuidados”.
Sobre o Palácio do Catete
O Palácio do Catete, construído há 157 anos, é um monumento de grande importância histórica. Em 1896, durante o mandato do presidente Prudente de Moraes, o Palácio foi adquirido pelo Governo Federal para sediar a Presidência da República. Em 1938, o local foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Em outubro de 2023, o Governo Federal anunciou que as obras de revitalização do Museu da República receberam os recursos do Novo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC).
O jardim histórico do Palácio do Catete ocupa uma área de 24 mil m² da área do Palácio do Catete. Seu formato original, apresentava árvores de grande altura, um pomar e a aldeia de palmeiras, já existente no terreno desde antes de sua aquisição pelo Barão de Nova Friburgo.
Atualmente, o palácio abriga o Museu da República, que conta a história do Brasil republicano. O local foi palco do suicídio do então presidente Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1954. O local era a sede da presidência da república entre 1897 até o ano de 1960, quando houve a mudança da capital federal para Brasília e o Museu e suas dependências foram abertos ao público.
Foto: Caio Tostes
Foto de Capa: Maria Vitoria Hucs;
Reportagem e Fotos: Caio Tostes, Maria Vitoria Hucs e Yan Fernandes;
Edição: Luca Alexandre e Pedro Henrique Mello;
Supervisão: Ana Lúcia Araújo