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Crítica – Coringa: Delírio a Dois (2024)

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O filme “Coringa: Delírio a dois” teve sua estreia nesta quinta-feira (3). A sequência lançada esse ano gerou grande expectativa no público, após a repercussão positiva do primeiro filme. Afinal, o longa faturou dois Oscars de 2020, nas categorias “Melhor Ator” e “Melhor Trilha Sonora”. A obra ainda foi indicada para outras 11 categorias. 

A sequência começa com Arthur Fleck (Joaquin Phoenix), internado no Instituto Arkham, aguardando seu julgamento pelos assassinatos cometidos como “Joker”. O enredo se baseia na tentativa da advogada em humanizar o protagonista, mostrando que o comportamento que o cliente possui no hospital psiquiátrico seria a verdadeira face dele. 

A defesa tenta induzir ao público que o responsável pelo comportamento violento de Fleck seria, na verdade, o Coringa – seu alter ego maligno, resultado de traumas que havia sofrido durante a vida, apresentados na primeira obra cinematográfica. Em contrapartida, a promotoria busca a pena de morte, alegando que o réu é um psicopata e traz risco a sociedade de Gotham.

Entre essas idas e vindas do julgamento para a clínica Arkham, Arthur é levado por um guarda para a Ala de música, frequentada por outros pacientes com problemas psiquiátricos. O filme tem uma virada de chave quando Arthur conhece Harleen Quinzel (Lady Gaga). Ele fica feliz a partir do primeiro contato, e Lee, como é apelidada, revela ser uma grande fã do Coringa. Assim, os dois se aproximam, e desenvolvem um sentimento pelo outro.

Danças e canções foram agregadas no contexto do longa. Em meio às catástrofes, Fleck utiliza destes momentos como válvula de escape do personagem principal para entrar num mundo de fantasia. O diretor Todd Phillips consegue mesclar cenas lúdicas com cortes de alta tensão, capazes de reter a atenção do público, imerso na mente do protagonista. A abordagem mostra que ele realmente sofre com a dualidade causada por transtornos e traumas. 

A obra levanta problemáticas como a espetacularização de criminosos como Coringa. As atrocidades cometidas pelo personagem alcançam um patamar de celebridade, já que o protagonista vira um ídolo para muitos cidadãos de Gotham City. No julgamento, em um momento de lucidez, ele se arrepende de seus atos, admite todos os assassinatos e alega que o grande culpado seria a sociedade por oprimir pessoas de baixo escalão ou que possuem problemas psiquiátricos. 

Crítica: Bebeto de Pinho e Taís Vianna

Supervisão: Joana Braga e Vinicius Nunes

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