CARREGANDO

O que você procura

Geral

SOS Jovem: a esperança de um novo amanhã

Compartilhar

Em 2003 a Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu 10 de setembro como o dia mundial da prevenção ao suicídio. Inspirado nisso em 2015 o Centro de Valorização da Vida (CVV), o Conselho Federal de Medicina (CFM), e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) criaram uma campanha mundialmente conhecida como Setembro Amarelo, que busca conscientizar o público em relação a esse problema.

 De acordo com a OMS o Brasil tem o equivalente a um suicídio a cada 45 minutos. No entanto, existem pessoas que tentam mudar essa realidade. Uma delas é Rodrigo Tavares, 27 anos, coordenador da página SOS Jovem. Esse projeto age como um meio de comunicação entre aqueles que buscam ajuda e voluntários que já passaram por situações difíceis e hoje servem de exemplo. “Todo mundo que está no projeto tem uma história de que superou alguma coisa e não consegue ficar normal diante disso. Então decidimos atuar nisso porque temos muita gente pra salvar”, conta Rodrigo.

O SOS Jovem auxilia cerca de 15 mil pessoas por ano, e possui entre 100 e 120 voluntários. O atendimento é realizado em sua maioria online, através de redes sociais, porém também ocorrem eventos presenciais. “Às vezes realizamos algum tipo de palestra em universidades e escolas, onde nos disponibilizamos após o evento para conversar com quem precisa”, explica o coordenador do projeto.

Em momentos de instabilidade, algumas pessoas têm dificuldade em procurar ajuda. Segundo o Ministério da Saúde, quando são identificados sinais que apontam para uma possível tendência suicida, é necessário incentivar a pessoa a procurar profissionais ou apoio em algum serviço público. Mayara Freitas, estudante de psicologia que é uma das apoiadoras do SOS Jovem, acredita que o principal impacto do projeto é salvar vidas: “Ao terem contato com o programa e verem que, se alguém venceu os pensamentos de suicídio e outros diversos conflitos, elas também são capazes, alcançamos um maior número de vidas resgatadas”.

O Brasil é o país onde há mais casos de depressão da América Latina. Esse dado vem de uma pesquisa realizada em 2018 pela OMS, que revelou que 5,3% dos brasileiros enfrentam o transtorno depressivo. Nathann Hoolferman sofre com depressão, e conheceu o SOS Jovem por meio de amigos. “O projeto pode servir como válvula de escape, quando a pessoa não está enxergando mais solução, às vezes lá encontra um comentário que pode incentivá-la a se abrir”.

 

Campanha realizada pelo projeto SOS Jovem
Reprodução: Facebook SOS Jovem

No Rio de Janeiro, campanhas que oferecem atendimento psicológico também são encontradas em instituições públicas, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e também na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Além disso, atendentes dispostos a conversar podem ser encontrados 24 horas pelo número 188, disponibilizado pelo CVV.

Reportagem: Bárbara Beatriz Camello, Beatriz Aguiar, Felipe Roza, Larissa de Oliveira e Maria Luísa Martins.

 

Próximo