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“Não poder sentir um ar livre, além da janela. O isolamento te deixa psicologicamente mais triste”. (Rodrigo Terra)

O mundo está enfrentando uma pandemia gerada pela COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus. O epicentro foi a cidade de Wuhan, localizada na China. Em seguida, a Itália se tornou o foco principal gerando um total de 6.820 mortes, até o momento. Não demorou muito para o coronavírus chegar ao Brasil, porém nos primeiros momentos, o atual presidente Jair Bolsonaro não pareceu se preocupar, inclusive chamando de “gripezinha”. No entanto, após declarar a pandemia, o governo federal adotou medidas preventivas, a de maior impacto foi decretar o estado de quarentena. 

No dia 8 de março, foi confirmado o primeiro caso de transmissão comunitária, quando o vírus começa a ser transmitido por diversas fontes não identificadas e que não estiveram no exterior. Rodrigo Terra, 20 anos, estudante de Jornalismo da ESPM-Rio testou positivo para o novo coronavírus e está entre os contaminados pela transmissão comunitária.

Portal: Quais foram os motivos que te levaram a fazer o teste?

Rodrigo: Comecei a me sentir mal desde de quarta feira. No sábado, optei por fazer o exame. O principal motivo para fazer o teste foi o meu estado clinicamente ruim.

Portal: Quais eram os seus sintomas?

Rodrigo: Meu sintomas foram tosse, coriza, catarro, dor de cabeça, febre, diarreia, também tive dor nas articulações. Depois isso parou.

Portal: Você viajou ou teve contato com alguém do exterior?

Rodrigo: Não. Eu não viajei e nem tive contato nenhum com alguém que possa ter viajado para o exterior. 

Portal: Então, sua contaminação foi através de transmissão comunitária. Como você e sua família estão lidando com esta situação?

Rodrigo: Todos estão bastante apreensivos com o meu estado de saúde. Minha mãe, por ser médica, é a que tem mais motivos para se preocupar e não está como deveria estar, porque ela é do grupo de risco, tem doença coronária e tem mais chances de morrer caso ela pegue. Eu tenho feito minha parte na precaução.

Portal: Como a sua mãe é médica, ela não teve nenhum tipo de contato com algum paciente que estava contaminada?

Rodrigo: Ela (mãe) não teve nenhum contato com ninguém que tinha coronavírus. Como ela é anestesista, é bastante precavida.

Portal: Quais as medidas de prevenção que você está tomando? Como você está se sentindo em relação a quarentena?

Rodrigo: Estou isolado no meu quarto, não me desloco para nenhum canto da casa. Tenho usado máscara. Só saio do quarto para ir ao banheiro e tomar banho. Minha mãe tem feito tudo, tem usado luvas e máscara. Não poder sentir um ar livre, além da janela, não poder se mover, andar de um canto à outro. Fico muito restrito. Isso é ruim, porque o isolamento te deixa psicologicamente mais triste.

Reportagem: Ana Júlia Oliveira, Gustavo Vieira, João Pedro Camero, Ricardo Ferro e Maria Luísa Martins

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