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Crítica: Super Mario Bros. é uma carta de homenagem à franquia

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Crítica: Super Mario Bros. é uma carta de amor à franquia

Depois de quatro décadas, mais de 380 milhões de cópias vendidas, e uma péssima adaptação live-action, chega às telonas o filme Super Mario Bros., uma versão animada do video game mais icônico da Nintendo. A desenvolvedora japonesa é conhecida por seus jogos diretos e divertidos, então não é surpresa que a nova adaptação de um de seus maiores sucessos possa ser descrita exatamente assim. O filme conta com um roteiro simples e engraçado, para agradar tanto fãs quanto aqueles que apenas buscam algo para assistir com a família.

O longa serve como uma história de origem para Mario e Luigi que, durante um trabalho para consertar o encanamento debaixo do Brooklyn, são sugados para o Reino dos Cogumelos através de um tubo de dobra. Lá, eles se envolvem nos planos de Bowser para roubar a Super Estrela e dominar o reino da Princesa Peach. A jornada de Mario através do filme é bem previsível, com a narrativa de “guerreiro de outro mundo”. No entanto, é aí que a simplicidade da obra a favorece, focando nos momentos de ação e fazendo referências às décadas de conteúdo do universo Mario.

Super Mario Bros traz várias alusões ao universo criado por Shigeru Miyamoto em 1982, com diversas cenas, objetos e efeitos sonoros que remetem ao game, além da trilha sonora icônica criada por Koji Kondo. É a partir disso que o filme ganha o favor dos fãs mais leais da franquia e possui a nostalgia como de seus pilares.

Além disso, existem dois grandes fatores que fazem o longa aterrissar tão bem, o primeiro é a qualidade dos efeitos especiais, que entrega visuais incríveis de diversos lugares conhecidos dos jogos, como Luigi’s Mansion, Bowser’s Castle, Rainbow Road e o próprio Reino dos Cogumelos. O outro, surpreendentemente, é a trilha sonora, que alèm de uma adaptação da música original do video game, conta com hits clássicos como Thunderstruck (AC/DC), No Sleep Till Brooklyn (Beastie Boys) e Holding Out for a Hero (Bonnie Tyler), contribuindo ainda mais para o clima nostálgico.

Acima: Rainbow Road / Abaixo: Luigi´s Mansion Foto: Divulgação

Algo que também precisa ser ressaltado é que o filme consegue dar destaque aos seus personagens secundários, como Toad e Donkey Kong. No entanto, o grande destaque vai para dois personagens: Bowser e Peach. O antagonista da trama e provavelmente o seu melhor personagem, surpreende com o humor e um número musical (sim, isso mesmo) escrito por ninguém menos que seu dublador original, Jack Black. Enquanto isso, Peach, conhecida nos jogos como a princesa que precisa ser resgatada, assume um  papel de liderança e tenta de tudo para salvar seus súditos.

Como de costume no cinema atual, o filme possui uma cena pós-créditos que indica uma possível sequência. Nela, temos a introdução de outro personagem amado do universo Mario Bros: Yoshi. Se isso realmente fará parte da trama do próximo filme, ainda não se sabe, mas, certamente, a Nintendo e a Illumination já têm planos para a próxima aventura de Mario e Luigi.

Para resumir, por muito tempo as adaptações de video games para o cinema foram fortemente criticadas, e com razão. Basta citar fracassos como Resident Evil, Monster Hunter e o Super Mario Bros. live-action, de 1993. No entanto, recentemente, temos vários exemplos de sucessos que se mantêm fiéis ao seu material original e, ao mesmo tempo, conseguem entregar algo que entretém, como The Last of Us e Sonic: O Filme. Esse, felizmente, é o caso de Super Mario Bros.

Reportagem: Vitor Miguel

Supervisão: Gabriel Rechenioti

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