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Body Piercing como expressão artística

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Body Piercing como expressão artística

O piercing corporal existe como uma prática cultural há séculos, mas, nos últimos anos, tem passado por um processo de desmarginalização. Segundo o Sebrae, mesmo durante a pandemia, o segmento cresceu aproximadamente 53% no primeiro semestre de 2022 em comparação com o mesmo período de 2019. De piercings de orelha simples até opções mais criativas como o piercing microdermal (é um microimplante. Um furo como o do piercing normal, só que ele não vai precisar sair da pele), a joia surge como uma forma de expressão própria para pessoas de diversas idades e origens. 

Para alguns, os piercings representam uma forma de desafiar as normas sociais e abraçar a individualidade. Para outros, os piercings são simplesmente uma maneira de melhorar sua aparência ou seu estilo pessoal. Mas, além de ser uma forma de auto expressão, agora ele também está sendo adotado pela indústria da moda. Desde desfiles e editoriais de revistas, eles vêm sendo considerados um acessório moderno e elegante que pode realçar qualquer roupa. Segundo a atriz Giovanna Antonelli, que possui um implante microdermal, o acessório ajuda a “dar um charme” no decote. Muitos designers de joias agora oferecem uma ampla gama de piercings que são elegantes e confortáveis ​​de usar, permitindo que as pessoas experimentem novos estilos e tendências.

Body Piercing como expressão artística

Ilustração: @fefepiercer

O piercing corporal também se tornou mais acessível. As pessoas podem facilmente encontrar piercers respeitáveis, compartilhar fotos e se conectar com outros entusiastas. Esse senso de comunidade e identidade compartilhada tornou o body piercing uma tendência positiva e inclusiva. Fernanda Medeiros, body piercer no Rio de Janeiro, compartilha de uma visão que mistura o luxo com profissionalismo: “Tem aumentado o número de pessoas que fazem procedimentos corporais, deixando de ser comum apenas para um pequeno ciclo de pessoas alternativas e passando a ser normalizado para todos os grupos, podendo se tornar artigo de luxo”. Ainda sobre ambientes profissionais, ela afirma que tem sido mais aceito, “mas com certeza ainda é marginalizado, principalmente em alguns grupos”, diz.

No entanto, embora o piercing seja frequentemente visto como uma forma inofensiva de adorno pessoal, existem algumas preocupações em relação aos riscos à segurança e à saúde. Se você pensa em fazer um piercing, é importante fazer sua pesquisa e considerar cuidadosamente os potenciais riscos e benefícios. 

A estudante Sabrina Crespo relata que já passou por procedimentos de perfuração por mais ou menos oito vezes, e conta sobre alguns problemas que enfrentou. “Alguns furos ficaram infeccionados por muito tempo, acredito que em alguns momentos não obtive uma orientação tão boa dos cuidados que deveria tomar após a perfuração.”  Sabrina também afirmou que não se imagina usando piercing por muito tempo, pois acredita que a arte ainda é vista como um pré julgamento de infantilidade.

A body piercer Fernanda atentou para os cuidados relacionados com o procedimento. Segundo ela, é dever dos profissionais orientarem os clientes sobre os cuidados de acordo com o protocolo utilizado e estarem aptos para auxílio após o processo. É também da responsabilidade dos clientes seguir as recomendações de quem realizou o procedimento. Certifique-se de escolher um perfurador respeitável que use equipamento limpo e estéril e siga os protocolos de segurança adequados.

Body Piercing como expressão artística

O piercing microdermal de Giovanna Antonelli — Foto: Arquivo Pessoal/Renan Muza/LED’s Tattoo

Body Piercing como expressão artística

No final, o piercing é mais do que apenas uma tendência ou declaração de moda. É uma forma poderosa de identidade que permite aos indivíduos explorarem sua singularidade necessária no momento atual mais do que nunca. Com sua crescente popularidade e aceitação, está claro que o body piercing continuará a ser um aspecto vibrante e importante de nossa cultura nos próximos anos.

Reportagem: João Leite, Julia Guimarães, Thiago Meloni e Bruna Pires

Supervisão: Gabriel Rechenioti e Lorenna Medeiros

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