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Apolo Session: produtora independente faz mostra de filmes na ESPM-Rio

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Nesta segunda-feira (17), aconteceu na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) o evento “Apolo session” em parceria com a Apolo Filmes, produtora de cinema independente da Universidade Federal Fluminense (UFF). A mostra contou com a reprodução dos curtas “O Rio de Cada Um”, “Esquecemos Como Amar” e “Epílogo”, produzidos por alunos de cinema da UFF, e um debate na sequência.

A ideia do “Apolo session” surgiu a partir de uma tarefa da disciplina “relacionamentos com a mídia e influenciadores digitais”, em que alunos do quarto período de Jornalismo da ESPM deveriam realizar uma ação como assessores de imprensa. A escolha pela produtora foi devido a facilidade do contato com os alunos envolvidos na produção, confirmou um dos organizadores, Henrique Fontes. A maior dificuldade durante o processo de planejamento foi a logística de unir dois grupos distintos, alunos da UFF e ESPM, e organizar as informações dos participantes do evento de maneira coordenada.

A exposição contou com três curtas intensos e cativantes. Em “Esquecemos Como Amar”, o público se envolve na história de um casal e suas expectativas não atendidas na relação. No filme “O Rio de Cada Um” a cidade do Rio de Janeiro é transmitida através da visão de diferentes moradores, com a Zona Sul de fundo. Contudo, o desenvolvimento da história revela que muitos não pertencem a esse lugar ou não são vistos neles. Em “Epílogo” o público entra em contato com um conto que descreve as cenas vistas, que gera tensão no decorrer da trama. A percepção de que o próprio narrador é um personagem da história é a essência do curta.

Lia Fortes, diretora e autora do curta “Esquecemos Como Amar”, contou que não existiam moldes ou referências na produção e que, durante a pandemia, estava no primeiro período da faculdade. De início, precisou construir dois personagens, “duas pessoas opostas que se atraíam de formas inexplicáveis”. Por isso, se inspirou em sua própria personalidade para a composição das várias camadas da “Virgínia”, uma pessoa racional. Já para o personagem “Carlos”, revelou que partiu de princípios opostos aos da protagonista. 

Apesar de ter utilizado suas próprias perspectivas para a construção dos dois objetos principais da obra, a produtora realizou uma enquete em seu Instagram, pedindo para que seus seguidores contassem suas histórias de amor. Essas contribuições auxiliaram e proporcionaram novas criações para aprofundar a trama.

Já Pedro Marchiori, que dirigiu o documentário “O Rio de Cada Um”,  afirmou que não pretendia passar mensagens exatas, e sim, promover diálogos. Feito em sete dias, e com apenas vinte reais, a produção foi elaborada para um festival e abriu espaço para a comunicação sobre a opinião das pessoas em relação a situações cotidianas. Colocou, ainda, que apesar de ser focado na Zona Sul do Rio de Janeiro, o curta expõe visões de diversas pessoas da cidade. “Por mais que vivam em um mesmo Rio de Janeiro, elas vivem em Rios totalmente diferentes”, conta o estudante. 

Por meio da fotografia,o objetivo de Pedro de Freitas era transmitir a visão de uma cidade com barreiras invisíveis. Em um mesmo local geográfico, existem pessoas com realidades completamente opostas. “A gente usou tons diferentes para pessoas diferentes para puxarmos muito esse contraste e ajudar nas narrativas”, completa.

Grande parte do público presente ficou sabendo sobre o evento nas redes sociais e se interessaram em comparecer por serem admiradores do universo cinematográfico. Vinícius, estudante do primeiro período de cinema da UFF, e outros estudantes, vêem a mostra como uma oportunidade de conhecer novas pessoas do ramo e buscar inspirações para trabalhos posteriores. Ele também assegurou que os curtas superaram todas as suas expectativas e acredita que eles têm grandes chances de concorrer e ganhar prêmios.

Os três produtores participantes confirmaram que têm projetos futuros para dar continuidade. Pedro Marchiori afirmou que tem um roteiro em desenvolvimento, além de duas películas, sendo um curta metragem e outro longa. Completou dizendo que possui a meta de produzir pelo menos um filme por ano. 

Reportagem: Agnes Todesco, Manuela Monzo e Maria Fernanda Buczynski.

Supervisão: Clara Glitz, Lorenna Medeiros e Pedro Zandonadi.

Imagem de capa: Equipe Apolo Filmes

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