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A crise da fase 4 da Marvel

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A fase 4 da Marvel Studios, iniciada em 2021 com o lançamento de “WandaVision”, chega ao fim em novembro deste ano com o novo “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”; e, até o momento, está sendo mal avaliada pelos fãs. O último ciclo do Universo Cinematográfico Marvel (UCM), conhecido como “Saga do Infinito”, foi finalizado com o sucesso “Vingadores: Ultimato” em 2019, e a produtora não tem conseguido manter o mesmo nível de execução das suas narrativas.

Os filmes e séries são divididos pelos critérios de data de lançamento e de desenvolvimento das histórias em fases, resultado de uma forma de organização da indústria. Atualmente, os três primeiros ciclos já foram concluídos e a quarta ainda está em andamento – a cinco e a seis já estão sendo planejadas.

A bilheteria da última fase destoa exponencialmente das anteriores já encerradas. “Vingadores: Ultimato”, foi um recorde, e chegou a arrecadar 2,797 bilhões de dólares, enquanto “Viúva Negra”, lançado em 2021, rendeu apenas 379 milhões e “Shang-Chi e a Lenda dos 10 anéis”, também de 2021, 432 milhões.

Originalmente, a fase quatro seria lançada no ano de 2020, mas devido a pandemia de Covid-19, precisou ser adiada. O atraso criou um espaço significativo entre o terceiro e quarto ciclo, causando um amadurecimento crítico dos fãs em relação à indústria. O filme “Thor: Amor e Trovão”, por exemplo, foi bem criticado pelo público principalmente em relação à edição e ao roteiro – avaliação essa também direcionada às outras obras da quarta parte.

A produtora de conteúdo no Tik Tok e estudante de jornalismo Carolina Genez comenta o porquê desse novo momento da Marvel estar sendo tão mal avaliado. Para a influencer de 20 anos, o excesso de obras tem sido prejudicial ao estúdio, e tem feito com que os filmes e as séries percam a qualidade técnica que antes era bem elogiada.

De acordo com o fã Felipe Flit, a introdução de novas séries é a responsável pela sensação de sobrecarga de produções. Além disso, ele também aponta que, por conta do público ser muito diversificado e não se limitar apenas aos jovens, muitas pessoas não têm o tempo necessário para acompanhar todas as novidades lançadas.

Carolina também comenta: “Antigamente tudo era bem produzido, tanto no roteiro quanto na edição. O CGI era menos utilizado e os filmes pareciam mais reais, o que não acontece hoje em dia.”  Ela ressalta o fato das séries de hoje não terem mais tanto cuidado com os efeitos especiais, muito por conta da falta de investimento.

Essa reclamação também tem sido recorrente dentro da equipe de editores da indústria, após uma discussão de artistas de efeitos visuais no Reddit ter sido divulgada nas redes sociais. Na conversa intitulada “francamente, estou cansado de trabalhar em séries da Marvel” os profissionais reclamaram do pouco tempo disponibilizado pela Marvel para entregar as produções e também da metodologia da corporação.

Por outro lado, o editor de vídeo da Globo, Alex Rodrigues, afirma que o aumento de produções de audiovisual agradam os editores, já que quanto mais material, mais vagas de emprego são criadas. “Então, quanto mais obras, mais mercado para editores. Acredito que eles estão felizes com isso” aponta.

Reportagem: Gabriela Arditti, Lucas Luciano e Lucas Moll

Supervisão: Anna Julia Paixão e Maria Eduarda Martinez

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