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LDB: o futuro do basquete nacional

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Após dois anos ausente, a LDB (Liga de Desenvolvimento de Basquete) anunciou o seu retorno e a competição está a todo vapor. A décima edição está sendo realizada com apoio do CBC (Comitê Brasileiro de Clubes) e conta com a participação de 22 equipes, nove a mais que na temporada de 2019. O campeonato possui certo limite de idade, apenas jogadores nascidos entre 1999 e 2004 podem ser inscritos.

O torneio foi criado em 2011 pela Liga Nacional de Basquete (LNB) com objetivo de auxiliar na formação de atletas e servir como uma porta de entrada para novos esportistas no basquete brasileiro. Segundo dados da LNB, atualmente mais de 50% dos jogadores que disputam a principal liga do país, a NBB (Novo Basquete Brasil), já passaram pelo campeonato. Além disso, alguns que se destacaram na liga conseguiram alcançar a NBA, que foi o caso de Cristiano Felício, Bruno Caboclo e Didi Louzada.

O jogador Alex Garcia, que conta com passagens na NBA e na seleção brasileira, expõe como a participação desses jovens na LDB é fundamental para o seu desenvolvimento. Ele diz que vários jogadores mais novos estão aparecendo no NBB. “A iniciação dos meninos com jogadores mais experientes é uma forma de aperfeiçoar o basquete desses jovens e eles ganharem uma qualidade maior dentro de quadra”, comentou o ala do Bauru.

A experiência de jogar na Liga de Desenvolvimento é crucial para os novos atletas, explica Lucas Monteiro, armador do Unifacisa e do Flamengo. “Ela é muito importante, porque mesmo que muitos não se tornem jogadores profissionais, eles levam essa experiência pra vida”. Essa é a primeira participação do jovem armador na competição. Ele também destaca a importância da Liga como uma janela de oportunidades, já que após um bom rendimento no campeonato, aumentam-se as chances de uma futura contratação.

Para Douglas Carraretto, Gerente de Comunicação do NBB, a LDB tem uma importância única no basquete brasileiro. “É desse campeonato que grandes nomes do futuro do esporte nascem”, disse. O profissional ainda ressalta o fato de três dos quatro finalistas ao último prêmio de Jogador Mais Valioso do NBB, Lucas Mariano, Georginho de Paula e Lucas Dias, terem tido passagens de muito destaque pela Liga de Desenvolvimento.

A décima edição da LDB está sendo transmitida ao vivo em canais da Twitch e Youtube, dando grande visibilidade aos atletas e equipes. Douglas também comenta que as transmissões têm um impacto enorme, e que talvez seja impossível mensurar além dos números. Ele explica que, com a divulgação das partidas, todos os clubes ganham mais notoriedade e atletas novos têm a oportunidade de aparecer para o mundo do basquete. “Quando não se transmite os campeonatos, eles ficam no escuro. Com mais visibilidade, o ecossistema do basquete brasileiro se fortalece muito.” completa o gerente.

Alex Garcia afirma que esses novos meios de comunicação têm papel essencial tanto para ajudar na divulgação da liga, como na praticidade para assistir às partidas, facilitando a vida dos torcedores. Ele comenta que os sites de transmissão promovem um acesso a mais para quem gosta de acompanhar as competições, não ficando restrito somente a canais pagos. “Às vezes você está em casa, apita o celular e tem jogo passando. É um motivo a mais pra você estar ali conectado e assistindo.” acrescenta o ala.

Após duas fases de classificação, a LDB tem data marcada para a disputa da etapa final. Entre os dias 27 de setembro e 2 de outubro, os oito times classificados (Paulistano, Sesi Franca, Corinthians, São Paulo, Pinheiros, Cerrado Basquete, Minas Tênis Clube e Rio Claro Basquete) dividem-se em dois grupos e realizam jogos entre si. Os dois primeiros colocados se enfrentam, respectivamente, na semifinal e final, almejando o título da competição.

 

Matéria por: Guilherme Dias | Henrique Fontes | Lucas Guimarães

Supervisão: Juliana Ribeiro

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