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A primeira reunião do Coletivo Diversidade da ESPM

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A primeira reunião do Coletivo Diversidade da ESPM Rio aconteceu nesta segunda-feira (29), às 14h30, e cerca de treze estudantes estavam presentes. Foi discutido no evento os próximos passos do coletivo criado no começo de agosto e que já conta com mais de cinquenta apoiadores – tanto discentes quanto docentes.  

No início do encontro, os estudantes se apresentaram. Charles Santos, aluno de Publicidade e Propaganda de 18 anos, foi o primeiro a falar. “Estou com muitas expectativas com a iniciativa. Ser um jovem preto e estar em uma sala sem muita referência causa um impacto muito grande na gente”, frisou. 

Foto: Thiago Vivas

A aluna Mariana Rodrigues, também de Publicidade, se identificou com Charles. O dia que soube da aprovação na ESPM foi, para ela, um “misto de emoções”. Ao mesmo tempo que comemorou estar em uma faculdade de renome na área de comunicação, teve medo de passar por situações de racismo na instituição. 

Durante as apresentações, alguns estudantes também usaram o espaço para levantar questões que, na visão deles, não estão sendo consideradas pela coordenação da universidade. O graduando de Cinema, Arthur Staneck, por exemplo, compartilhou que não consegue considerar a ESPM um lugar relevante. Para o bolsista de 25 anos, ver a faculdade não se envolvendo com pautas tão atuais como diversidade é, nas palavras dele, “inadmissível”. 

Foto: Thiago Vivas

Os coordenadores do coletivo, Catarina Gabriel, de 25 anos, e Claudionei Abreu, de 20 anos, também falaram no evento, e contaram o que pretendem fazer nos próximos dias. A principal iniciativa deles será a divulgação de um abaixo-assinado para formalizar as principais petições do coletivo, que são:  ações afirmativas para maior inclusão racial na ESPM e a assistência estudantil para quando esses alunos entrarem. 

Para Catarina, só disponibilizar as bolsas não é suficiente. “Se não priorizar o auxílio, vai haver uma grande evasão”, destacou. Em seu discurso, ela ainda criticou a falta de divulgação das ações afirmativas da ESPM, alegando que “se algo não é fácil de encontrar é porque, talvez, não querem tanto que encontrem”. 

“Eles ignoram que os futuros comunicadores não vêm só da Zona Sul, mas sim da periferia. Sempre vieram de lá”, destacou Mariana Rodrigues.

Foto: Thiago Vivas

Claudionei deixou frisado que o abaixo-assinado será também uma ponte para a direção da ESPM, que ainda não foi contactada. O Coletivo Diversidade pretende, primeiramente, coletar essas assinaturas dos estudantes para depois tentar uma conversa com a coordenação da universidade. 

Reportagem: Lucas Luciano

Crédito das imagens: Thiago Vivas

Supervisão: Anna Julia Paixão e Gabriel Rechenioti

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