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A ascensão de mulheres no empreendedorismo brasileiro

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O empreendedorismo feminino vem se fortalecendo ao longo dos últimos anos. A pandemia, por exemplo, gerou uma necessidade de inovação por parte dos empreendedores, além de também ter causado um “boom” na quantidade de negócios. Entretanto, mesmo com o fim do lockdown, o número de empreendimentos dos mais diversos setores não parou de crescer, desde os que abrangem tecnologia, até os de moda e produtos de beleza.

Um exemplo no mercado da moda, é a “A FINAL”; um e-commerce desenvolvido em outubro de 2021, por duas mulheres cariocas que buscavam trazer a construção de narrativas femininas. De acordo com Telma Yalê, uma das fundadoras da empresa, a moda como forma de expressão foi uma das variadas ideias para a criação do projeto. Já Camila Morada, sócia da organização, afirma que o desenvolvimento da loja ofereceu uma liberdade criativa para que ela pudesse testar coisas que sempre gostou.

Este mercado de trabalho sempre foi marcado pela discrepância de oportunidades entre os gêneros. Camila Morada garantiu que ao iniciar sua trajetória empreendedora, notou que as mulheres são pouco encorajadas a estabelecerem autonomia financeira, segurança no trabalho e independência. Fica evidente que para uma mulher ter credibilidade, é necessário produzir mais que um homem. 

Entretanto, isso não impede o crescimento do número de mulheres empreendedoras. Segundo dados do LinkedIn, a taxa aumentou 41% em 2020, ano do severo lockdown devido à Covid-19, ao comparar com o aumento de 22% de homens que passaram a empreender no mesmo intervalo de tempo. 

Um desafio presente no cotidiano de mulheres empreendedoras é a dificuldade de conciliar o projeto pessoal com seu trabalho formal. A dupla de sócias conta, “Não é nada romântico, às vezes é trabalho demais”. Porém, para que a “A Final” possa ser sua principal fonte de renda, será necessário muita paciência e persistência. Unem os princípios pessoais à empresa por meio do envolvimento direto de mulheres com a marca e traduzindo seus pensamentos por meio dos conteúdos postados. “A Final”  é uma extensão de Telma e Camila, e traduz tudo o que a gente acredita e é”, conclui.

Segundo Camila Nascimento, presidente do Congresso de Empreendedorismo Feminino (CONEF), “empreender é aprender a monetizar uma paixão”. Ela afirma que sempre viu este mercado como a única possibilidade de viver grandes realizações como uma mulher. Viés de gênero, falta de acesso a recursos financeiros e rede de contatos limitada, são alguns desafios, citados pela profissional, que as mulheres enfrentam no processo de inserção a esse mercado de trabalho.

Camila destaca a necessidade de ter um pensamento similar ao da dupla criadora da “A Final”: a persistência. “Você precisa acreditar até o ponto em que as pessoas não tenham outra alternativa, a não ser acreditar em você”, adiciona. As mulheres representam uma importância significativa para o futuro dos empreendimentos, pois, segundo a presidente do CONEF, o futuro tem alma feminina. 

Reportagem: Bruno Giovanni, Manuela Monzo e Maria Fernanda Buczynski

Supervisão: Lorenna Medeiros e Maria Eduarda Martinez

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